Em meio à ‘guerra das maquininhas’ e diversos outros fatores, as ações Cielo (CIEL3) ficaram ‘amassadas’ em relação a outros players do setor de adquirência. Hoje, os papéis tiveram um impulso, em função de um fato relevante divulgado. Por volta das 14h, CIEL3 negociava R$ 2,87, uma alta de 13,8%.
A Cielo anunciou a venda de sua participação na empresa americana Merchant e-solutions para a Sam I Acquisition Corp, que faz parte da Integrum Holdings, por US$ 290 milhões, o que equivale a algo em torno de R$ 1,5 bilhão.
“O valor total da transação vai dar quase R$ 1,5 bi para uma empresa que vale R$ 6,8 bilhões na Bolsa. Então, isso mostra o óbvio. A Cielo é uma operação complicada, ninguém aqui é ingênuo, mas nesse valuation, me parece atrativa”, comentou Felipe Miranda, em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram.
O pagamento pela fatia da Cielo será feito da seguinte forma: US$ 140 milhões no fechamento do negócio e até US$ 150 milhões como uma parcela variável sujeita a certas condições.
Mesmo que a parte variável não chegue ao potencial valor cheio que foi comunicado, tenderá a gerar efeitos positivos.
“A ação deve reagir positivamente, dado o seu caráter excessivamente depreciado”, disse. A Cielo negocia a 8,5 vezes lucros para 2022.
Portanto, é uma questão de preço baixo e vale a pena aproveitar – mas com uma posição pequeníssima na carteira.
Resultado razoável no 4T21
Há alguns dias, ele avaliou que o resultado da Cielo (CIEL3) veio levemente positivo no quarto trimestre do ano passado. “Tem um pouco de receitas não recorrentes no resultado da Cielo, uma reversão de imposto importante que ajudou nos lucros”, explicou o analista.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 337 milhões, um aumento de 13% em relação a igual período de 2020.
