Investimentos

Pfizer (PFIZ34) pode ter novo lucro recorde em 2022; farmacêutica segue como uma opção estratégica para carteira de investimentos

Além de vacinas contra Covid-19, a companhia que tem portfólio diversificado em outros farmacêuticos, cresce de forma consistente, diz analista da Empiricus

Por Mateus Cerqueira

03 mar 2022, 15:31

O mundo apresenta uma desaceleração do número de casos de Covid-19, contudo, os desafios da pandemia prosseguem. Diante disso, a expectativa para 2022 é que os resultados da farmacêutica norte-americana Pfizer (PFIZ34), sejam novamente positivos. 

É o que destaca em relatório o analista João Piccioni, que lidera a série As Melhores Ações do Mundo da Empiricus.

Segundo projeções, ele comenta que a receita da companhia pode atingir o patamar recorde de R$ 100 bilhões, um crescimento de 24% em relação a 2021. 

Sendo assim, o lucro por ação ajustado deve ficar em torno de US$ 6,45, quase 50% acima do resultado do ano anterior. Ou seja, há potencial de distribuição de bons proventos

Os dividendos distribuídos pela Pfizer são crescentes:

 

Imagem de gráfico com números os quais representam as ações da Pfizer

Dividendo por ação (anual) da Pfizer. Fontes: Pfizer e Empiricus

O cálculo positivo para este ano é feito com base na alta demanda por vacinas e antivirais relacionados ao combate do coronavírus e nos contratos firmados para distribuição desses produtos.

“Temos uma companhia robusta e em constante expansão, sobretudo neste período de pandemia”, diz João Piccioni. 

Segundo ele, os mais de 332 trimestres consecutivos de pagamentos de dividendos — sendo 12 deles de pagamentos crescentes —, consolida a Pfizer como uma das posições estratégicas na carteira.

Após a pandemia, como fica a Pfizer?

O analista pontua que mesmo diante do encaminhamento da pandemia para uma endemia, a Pfizer seguirá como um investimento consistente e de longo prazo que vai além da luta contra a Covid-19. Isso pois, a empresa tem um portfólio diversificado, que é derivado da pesquisa e desenvolvimento medicamentos e produtos nas áreas de medicina interna e hospitalar, oncologia, imunologia e para tratamento de doenças raras.

“Os investidores poderão contar com uma empresa que atua em diferentes campos no setor de saúde. O que quero dizer com isso é que a companhia não dependerá somente da demanda de vacinas para gerar lucros aos acionistas”, argumenta Piccioni. 

A visão do analista pode ser corroborada nos resultados de 2021, em que os lucros da Pfizer sem os produtos relacionados ao combate do coronavírus foi de US$ 44,4 bilhões, um crescimento de 6% na comparação anual. 

Ao todo, a receita da companhia foi de US$ 81,3 bilhões, o que representou um salto de 95% quando comparado com o ano de 2020. 

Quais as expectativas?

Para Piccioni, a ação da Pfizer segue promissora. “Negociando por menos 8 vezes o seu lucro para este ano e com um dividend yield,  ainda acima dos 3%, seguimos bem tranquilos com a tese de investimentos na companhia”, comentou no seu relatório.

No entanto, ele sinaliza que as chances de nova valorização exponencial em um curto período de tempo dos papéis da companhia não são grandes, mas que ao ter posições da empresa na carteira, os investidores podem se posicionar em um setor estratégico e contar com dividendos pingando nas suas contas.

“O investidor deve focar nas ações da companhia para o longo prazo, visto a tendência de envelhecimento da população. Ou seja, teremos uma maior demanda por mais e novos farmacêuticos, assim como por novas soluções hospitalares, as quais a companhia vem trabalhando”, ressalta o analista em menção ao portfólio diversificado da Pfizer.

 

Sobre o autor

Mateus Cerqueira

Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo. É integrante da equipe de conteúdo da Empiricus. Teve passagem pela Jornalismo Júnior (ECA-USP) e já atuou como assistente de comunicação na Força Área Brasileira.