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22% de alta? Ações da Tesla (TSLA34) ‘voam’ depois da divulgação de resultados do 3T24; saiba se vale a pena investir

Segundo analista de ações internacionais, o otimismo com os papéis parece desconsiderar a crise no setor de carros elétricos que impacta a Tesla.

Por Anna Larissa Zeferino

25 out 2024, 11:00

Tesla tsla34 elon musk

Imagem: divulgação

A Tesla (Nasdaq: TSLA; B3: TSLA34), empresa do bilionário Elon Musk, divulgou seus resultados do 3T24 após o fechamento de mercado da última quarta-feira (23). 

Dentre os números divulgados, é possível destacar:

  • Receita de pouco mais de US$ 25 bilhões (R$ 142 bilhões), aumento de 7,8% em relação ao mesmo período de 2023;
  • Lucro operacional de US$ 2,7 bilhões (R$ 16,6 bi), um salto de 54% em relação ao 3T23;
  • Lucro líquido ajustado de US$ 2,5 bilhões (R$ 15 bi), aumento de 9,1% na comparação com o 3T23.

Os resultados foram recebidos com ânimo pelo mercado. As ações, que fecharam o pregão do dia 23 em queda de 1,98%, abriram as negociações do dia seguinte em alta de 22%, na casa dos US$ 250. 

Com isso, a pergunta que fica é: vale a pena investir na empresa de Elon Musk agora? 

Vale a pena investir na Tesla (TSLA34)?

A Tesla, assim como outras grandes empresas de tecnologia, como a Nvidia (NVDA34), tem altas expectativas embutidas em seus preços. Com isso, passam por alta volatilidade a cada notícia divulgada.

Por exemplo: após a Tesla apresentar seu protótipo do robotáxi ao mundo no último dia 11, investidores sentiram uma falta de clareza da empresa, que não detalhou exatamente como o projeto seria posto em prática – e as ações encerraram o pregão daquele dia em queda de 8,8%.

Agora, após a divulgação dos resultados do trimestre, os papéis subiram com ainda mais intensidade. Mas voltar a subir é um bom sinal para as ações, certo?

Neste caso, entra a questão da expectativa que mencionamos anteriormente.

Esses movimentos muito fortes em um dia tendem a gerar uma realização no curtíssimo prazo”, afirmou Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual.

O principal risco embutido nas ações da Tesla (TSLA34), segundo analista

Além da volatilidade ligada às expectativas dos investidores, Enzo comenta que há um outro risco por trás do preço atual da Tesla. Em relatório publicado no portal da Empiricus na última quinta-feira (24), o analista afirmou:

“Apesar do entusiasmo de parte dos investidores […], ainda estamos falando de uma empresa cujo principal resultado advém da linha automotiva. […] Os investidores que gostam da tese [de Tesla] precisam estar cientes do valuation da companhia – negociando por quase 70 vezes seus lucros projetados para 2025. […] Os preços atuais parecem desconsiderar os riscos que estão surgindo no segmento de veículos elétricos.”

O setor de veículos elétricos tem passado por uma certa crise em alguns mercados globais, como nos EUA e na Europa. Vendas estão fracas e, consequentemente, os preços dos elétricos usados estão depreciados.

Parte disso se dá pela falta da infraestrutura que viabilizaria a maior disseminação dos veículos – como terminais de recarga – e pouco incentivo governamental para isso, além da escassez das matérias-primas necessárias na fabricação das baterias.

Além disso, as promessas de Donald Trump de tarifar a importação de carros elétricos e os componentes para sua produção também podem pesar sobre as ações, caso o republicano seja eleito.

Vale lembrar que a principal receita da Tesla ainda vem dos carros elétricos.

Por esses motivos, o analista Enzo Pacheco recomenda outras ações para os investidores que buscam lucros na bolsa americana. Elas reúnem requisitos como: 

  • Preços atrativos;
  • Alta qualidade;
  • Alto potencial de valorização em breve.

Conheça as dez melhores ações internacionais para comprar agora

É possível acessar, gratuitamente, a carteira recomendada de Enzo Pacheco com as dez melhores ações internacionais para comprar este mês.

Seguindo os critérios apresentados anteriormente, a curadoria deste mês abrange diversos setores da economia para além de empresas de tecnologia: 

  • Uma seguradora de saúde;
  • Uma petroleira multinacional;
  • Uma operadora de cartões de crédito;
  • Dentre outras empresas.

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Sobre o autor

Anna Larissa Zeferino

Jornalista no mercado financeiro desde 2022. Pós-graduanda em Economia, Investimentos e Banking pela Universidade de São Paulo (ESALQ-USP). Escreve para os portais Empiricus, Money Times e Seu Dinheiro, e já passou por casas como Itaú BBA e XP.