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2T24 é positivo para o S&P 500 e acelera lucro por ação em 10,9% – veja 3 empresas que se destacaram no balanço

A temporada do 2T24 entregou resultados muito interessantes para as companhias do índice S&P 500. Analista destaca três empresas que se sobressaíram – veja quais.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

20 ago 2024, 15:06 - atualizado em 20 ago 2024, 15:10

s&p 500 indice bolsa eua estados unidos

Crédito: iStock.com/ Rafmaster

A temporada de resultados deste segundo trimestre (2T24) movimentou as empresas do índice S&P 500 positivamente em sua maioria. Pelo menos 93% das 500 companhias listadas entre as maiores da bolsa norte-americana já divulgaram os seus balanços e ao todo estima-se um crescimento de 10,9% no lucro por ação. Este é o maior ritmo dos lucros observado desde o 4T21 (31,4%, em um contexto de recuperação da pandemia). 

Como é possível observar no gráfico e tabela abaixo, elaborados pela companhia de dados financeiros FactSet, parte relevante dos resultados do 2T24 ultrapassaram as expectativas do mercado para o final de junho.  

Fonte: FactSet, relatório de 16 de agosto de 2024

2T24 alegrou investidores de ações internacionais? 

A resposta para essa pergunta deve variar com as empresas investidas. Até então, 79% das companhias reportaram um lucro por ação positivo, enquanto 60% tiveram uma surpresa boa na receita. 

Segundo Enzo Pacheco, analista de mercado internacional da Empiricus Research, é importante notar que boa parte do crescimento ainda deve vir do setor de tecnologia e serviços de comunicação (principalmente as Big Techs).

Fonte: FactSet, relatório de 16 de agosto de 2024

Entre as companhias de tecnologia, a Nvidia (NVDC34) foi a maior contribuinte no crescimento do lucro do índice. Ao todo o crescimento do setor foi de 18,9% (9,5% sem Nvidia).

3 empresas com desempenhos impressionantes no 2T24

Entre as empresas no radar do analista, Pacheco destaca o resultado de Meta (M1TA34), Taiwan Semiconductor (TSMC34) e Barrick (BARR34).

A dona do Facebook e Instagram, na visão do analista, tem demonstrado uma capacidade “única de utilizar IA para melhorar suas operações”. 

“Apesar da forte necessidade de investimento, [a Meta] tem conseguido entregar aumento de receita e melhora de lucratividade bem acima das outras big techs”, avalia Pacheco. 

Já a Taiwan Semi “está surfando essa onda de IA por ser a principal fabricante de chips para empresas como a própria Nvidia, AMD (A1MD34), Apple (AAPL34) e outras empresas importantes nesse setor”, diz Pacheco.

Para esse último semestre, o crescimento de receita da Taiwan Semi no ano já ultrapassou as iniciativas iniciais de 25%. “Dado o fato dela ser a maior e principal empresa do seu ramo de atuação, entendo que ela consegue criar uma barreira importante, pois para fazer chips cada vez mais avançados você precisa investir muito – e, para isso, é preciso vender o chips mais avançados e mais caros”, explica o analista. 

Por último, a Barrick (BARR34), de mineração de ouro, está no caminho para entregar a produção estimada para o ano. “Com o possível início do corte de juros por parte do Fed, o ouro subindo acima dos US$ 2500, mesmo que o preço médio do ouro caia daqui até o final do ano, o metal vai negociar em um patamar acima dos anos anteriores”, estima Pacheco. 

Com isso, o analista acredita que a companhia terá resultados ainda melhores, além de estar pagando dividendos e retomando o seu programa de recompra de ações.

“A ação BARR34 ainda está longe dos patamares observados de quando o ouro bateu US$ 2000 no começo da pandemia”, aponta Pacheco.  

O que esperar para os próximos trimestres? E para 2025? 

O relatório do FactSect calcula um crescimento nas empresas do S&P 500 esperado de 5,2% para o 3T24 e de 15,5% para o 4T24. Ao todo, em 2024 o crescimento somaria 10,1% em relação ao ano anterior. 

Sobre suas expectativas para a conclusão deste ano, Enzo Pacheco acredita que o clima é de otimismo para as empresas internacionais. 

“O mercado está sondando um crescimento de 10% nos lucros para o ano de 2024 e de 15% para o ano que vem”, conta o analista, que adiciona: “Se por um lado isso pode ser bom, também podemos pensar que, se a economia não estiver nas suas melhores condições (em recessão ou até mesmo em desaceleração), essas estimativas podem estar um pouco esticadas”.

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Camila Paim Figueiredo Jornalista

Sobre o autor

Camila Paim

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.