A 3R Petroleum (RRRP3) produziu 47,0 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em maio, uma alta mensal de 6,0%. O crescimento pode ser atribuído ao aumento de participação da companhia no Polo Papa-Terra, de 53% para 85%; excluindo esse efeito, estimamos que a produção teria caído 3,0%.
Entretanto, consideramos que o dado foi positivo pela evolução justamente em Papa-Terra, cuja produção subiu 8,7% excluindo os efeitos societários. Esse ativo é a principal fonte de crescimento e diluição de custos para o ano, e o seu desenvolvimento está em linha com o esperado.
A oscilação de -3,0% na produção em bases comparáveis se deve principalmente à queda de 2,5% no Complexo Potiguar, o maior ativo da companhia, afetado por intervenções de manutenção. Esse também foi o caso do Complexo Recôncavo, cuja produção caiu 8,6%, em razão de paradas para reparo. Por sua vez, o Polo Peroá teve um recuo de 14,8% na produção, em função da redução da demanda de gás durante o mês.
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Crescimento do Polo Papa-Terra compensou parte dos outros ativos de 3R
A forte evolução em Papa-Terra (+8,7%), o segundo maior ativo da companhia, compensou parcialmente o declínio nos demais ativos. A alta se deve à conexão de poços que estavam em manutenção anteriormente, conforme cronograma previamente divulgado pela companhia.
Apesar da queda na produção consolidada, é possível enxergar a entrega das expectativas em Papa-Terra, o principal foco de crescimento orgânico no ano. Ainda, a 3R comunicou que as intervenções nos demais poços do ativo estão no cronograma, o que já contrata uma adição de pelo menos 1,7 mil boe/d à produção de junho (1,4 mil boe/d na participação da 3R). Negociando a 3,4x seu EBITDA estimado para 2024, RRRP3 segue no Book de Ações.