Na última quarta-feira (7), a 3R Petroleum (RRRP3) anunciou a conclusão da transferência do Polo Potiguar, que pertencia à Petrobras (PETR4).
Na visão da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, o novo polo deve ter um impacto muito positivo para a 3R. “Praticamente dobra o tamanho da companhia, tanto em termos de reservas de petróleo quanto em termos de produção”.
Isso porque a 3R produz em torno de 20 a 25 mil barris de petróleo por dia, enquanto o Polo Potiguar, sozinho, produz aproximadamente 20 mil barris por dia.
No entanto, Larissa adverte: todo esse ganho de produção não deve ser visto logo de cara. A Petrobras tende a subinvestir nos ativos que estão em processo de venda, como é o caso do Polo Potiguar.
“Quando um campo entra na mão de uma petroleira privada, principalmente saindo da operação da Petrobras, existem uma série de adaptações operacionais que precisam ser feitas”, explica.
Por isso, é possível que haja interrupções e percalços nos meses iniciais de operação do Polo Potiguar. A 3R, inclusive, enfrentou problemas parecidos com o Polo Papa Terra, também adquirido junto à Petrobras.
Assim, o novo patamar de produção da 3R Petroleum deverá ser observado em médio prazo.
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Ações da 3R Petroleum devem andar paulatinamente
No que tange à valorização da ação, a analista explica que isso deve ocorrer à medida em que a companhia entregar aumento de produção mês a mês.
“A gente sabe que a 3R Petroleum tem os desafios dela na execução, mas achamos que com esse aumento de produção a ação pode andar. Não agora, nem semana que vem, mas paulatinamente, à medida que vai executando a produção”, avalia.
Além do ganho de capital, as petroleiras da Bolsa também são conhecidas pelos proventos ‘gordos’ pagos aos acionistas. No entanto, este não deve ser o caso da 3R Petroleum por enquanto. “Espero uma rentabilidade proveniente mais de valorização das ações do que de dividendos”, afirmou.
Ela explica que os proventos da companhia devem vir mais à frente, quando a empresa tiver uma geração de caixa mais robusta e suficiente para pagar as dívidas, que são relevantes. “A 3R precisou se alavancar bastante para pagar por esses ativos”, explica.
Confira abaixo a entrevista completa da analista no Giro do Mercado: