Na última quarta-feira (23), as prévias dos PMIs globais de agosto mostram desaceleração da atividade. Na Europa, o índice de serviços ficou em 48.3, abaixo das estimativas de 50.5 e caindo para o território contracionista (abaixo de 50). Nos EUA, além da desaceleração dos serviços, atividade manufatureira mostrou ainda maior contração em relação ao mês anterior.
No Simpósio em Jackson Hole, na última sexta-feira (25), o presidente do banco central americano, Jerome Powell, entregou um discurso marginalmente duro (hawkish), em linha com o esperado. Powell reforçou que fará o que for necessário para trazer a inflação para a meta de 2% no médio prazo e afirmou que ainda há um longo caminho a ser percorrido nesse processo deflacionário. Sobre a estimativa de juros neutro, Powell evitou dar grandes direcionamentos. O cenário base continua sendo de pausa para a próxima reunião do comitê monetário americano.
Ainda no exterior, o governo chinês continua anunciando medidas de suporte à economia. Nesta manhã (29), o noticiário revela os planos dos grandes bancos de cortar as taxas dos mortgages já existentes que somam cerca de US$ 5,3 trilhões, entre outras medidas fiscais. O anúncio chegou a impulsionar a cotação das ações locais, embora os reais efeitos das medidas anunciadas recentemente ainda são incertos.
No Brasil, o destaque da semana passada foi a divulgação do IPCA-15 do mês de agosto. O indicador veio em 0,28% m/m, consideravelmente acima das estimativas de mercado de 0,16%. Entre os destaques, o preço de automóveis novos pressionou o grupo de bens duráveis com a normalização dos preços após o programa de incentivo do governo.
Na mesma linha, o grupo de administrados pressionou o índice com a normalização dos preços de energia elétrica, que também sofre efeito do crédito de Itaipu repassado pelas distribuidoras de energia em julho. O preço da gasolina também contribuiu positivamente para a leitura da primeira quinzena de agosto refletindo o reajuste de preços anunciado pela Petrobrás.
Vale ainda destacar o preço dos itens de higiene pessoal também apresentou alta importante e contribuiu para a surpresa do indicador no mês.
Por outro lado, no semiduráveis, a dinâmica continua deflacionária, assim como alimentos (especialmente carnes e alimentos in natura).
Por fim, o núcleo de serviços mostrou uma composição relativamente positiva com uma queda importante do preço dos aluguéis e continuação da desaceleração de alimentação fora de casa. Por outro lado, os serviços intensos em mão de obra vieram um pouco acima esperado.
Assim que o indicador foi publicado, o mercado reagiu negativamente com alta das taxas de juros e queda do dólar. A nossa leitura, contudo, é de que a alta do indicador não muda o cenário do banco central de corte de 50 pontos-base nas próximas reuniões de política monetária.
- VEJA TAMBÉM: Empiricus Investimentos libera novas vagas para grupo VIP que recebe ofertas dos títulos mais lucrativos de renda, direto no WhatsApp. Clique aqui para participar gratuitamente.
Confira os títulos de renda fixa recomendados nesta semana
Características do CDB prefixado do Banco ABC | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: AAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 19/08/2025 (721 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 9,9% ao ano |
Tributação | 15% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Segue ainda a campanha do banco Daycoval com o CDB prefixado de 1 ano, com rendimento bruto de 13% ao ano. Considerando o risco de crédito do banco, gostamos bastante dessa opção de alocação de curto prazo para a pessoa física.
Características do CDB prefixado do Banco Daycoval | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAA+ |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Daycoval |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | R$ 500 mil |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 19/08/2024 (363 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 13% ao ano |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Por fim, é importante lembrar que, para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo e que precisa estar disponível imediatamente, recomendamos o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.