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Imagem: iStock/ Joa_Souza
A Petrobras (PETR4) informou, após o fechamento de mercado de segunda-feira (27), que atingiu em 2024 todas as metas de produção estabelecidas no seu Plano Estratégico 2024-2028, dentro do intervalo de ±4%.
Para o analista de ações da Empiricus Research, Ruy Hungria, o resultado não surpreende dado os trimestres anteriores da empresa.
O analista contou sobre suas perspectivas para a empresa no último episódio do Giro do Mercado, programa do portal Money Times. Confira os melhores momentos da conversa.
Quebra de recordes no pré-sal
A produção total de óleo e gás natural da companhia em 2024 foi de 2,7 milhões de barris e óleo equivalente por dia (boed).
A produção total própria no pré-sal atingiu 2,2 milhões de boed, um recorde para a companhia. Ainda, a produção operada também conquistou 3,2 milhões de boed. Vale destacar que o desempenho no pré-sal configura 81% do total de operações da estatal.
O resultado sólido que a produção no pré-sal trouxe para a companhia garante um futuro otimista para os acionistas.
Hungria explica que a importância do processo é que ele não apenas contribui positivamente para produtividade (ou seja, gera muito petróleo), mas também tem um baixo custo, ajudando as margens da companhia de capital aberto.
Governo X acionistas: riscos políticos da Petrobras
Apesar de um ótimo operacional, a estatal sofreu com o conflito de ideias entre o Governo Federal e seus sócios.“A Petrobras não estar envolvida em notícias é ótimo para o acionista”, diz Hungria.
A última volta aos holofotes está relacionada ao aumento da diferença nos valores do combustível no Brasil e no exterior. Historicamente, isso causou prejuízos à companhia.
O analista explica que é necessário se manter atento ao ambiente de defasagem da companhia. Por enquanto, a enorme geração de caixa obtida com a exploração e a produção de petróleo tem compensado os efeitos dessa disparidade nos preços.
“Na minha visão, o fato do governo tentar segurar um ajuste é algo que o mercado vê como natural. Não é bom, não é o ideal, mas o mercado entende que ao ser sócio do governo na Petrobras, ele vai ter esse tipo de problema”, afirma Hungria.
Para conferir os próximos passos da estatal e a opinião completa do analista a respeito da Petrobras, assista a entrevista completa no player abaixo: