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‘A Petrobras (PETR4) não estar envolvida em notícias é ótimo para o acionista’ afirma analista após companhia bater metas em 2024

Petrobras informou que atingiu em 2024 todas as metas de produção estabelecidas no Plano Estratégico

Por Maisa Leme

29 jan 2025, 11:15 - atualizado em 29 jan 2025, 11:15

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Imagem: iStock/ Joa_Souza

A Petrobras (PETR4) informou, após o fechamento de mercado de segunda-feira (27), que atingiu em 2024 todas as metas de produção estabelecidas no seu Plano Estratégico 2024-2028, dentro do intervalo de ±4%.

Para o analista de ações da Empiricus Research, Ruy Hungria, o resultado não surpreende dado os trimestres anteriores da empresa.

O analista contou sobre suas perspectivas para a empresa no último episódio do Giro do Mercado, programa do portal Money Times. Confira os melhores momentos da conversa. 

Quebra de recordes no pré-sal 

A produção total de óleo e gás natural da companhia em 2024 foi de 2,7 milhões de barris e óleo equivalente por dia (boed). 

A produção total própria no pré-sal atingiu 2,2 milhões de boed, um recorde para a companhia. Ainda, a produção operada também conquistou 3,2 milhões de boed. Vale destacar que o desempenho no pré-sal configura 81% do total de operações da estatal.

O resultado sólido que a produção no pré-sal trouxe para a companhia garante um futuro otimista para os acionistas. 

Hungria explica que a importância do processo é que ele não apenas contribui positivamente para produtividade (ou seja, gera muito petróleo), mas também tem um baixo custo, ajudando as margens da companhia de capital aberto.

Governo X acionistas: riscos políticos da Petrobras

Apesar de um ótimo operacional, a estatal sofreu com o conflito de ideias entre o Governo Federal e seus sócios.“A Petrobras não estar envolvida em notícias é ótimo para o acionista”, diz Hungria. 

A última volta aos holofotes está relacionada ao aumento da diferença nos valores do combustível no Brasil e no exterior. Historicamente, isso causou prejuízos à companhia.

O analista explica que é necessário se manter atento ao ambiente de defasagem da companhia. Por enquanto, a enorme geração de caixa obtida com a exploração e a produção de petróleo tem compensado os efeitos dessa disparidade nos preços.

“Na minha visão, o fato do governo tentar segurar um ajuste é algo que o mercado vê como natural. Não é bom, não é o ideal, mas o mercado entende que ao ser sócio do governo na Petrobras, ele vai ter esse tipo de problema”, afirma Hungria.

Para conferir os próximos passos da estatal e a opinião completa do analista a respeito da Petrobras, assista a entrevista completa no player abaixo: 

Sobre o autor

Maisa Leme

Jornalista em formação pela Faculdade Cásper Líbero. Atualmente, estagia em redação no site da Empiricus.