Os últimos dias tem sido difíceis para os investidores que aportam seu patrimônio em fundos imobiliários. Isso porque muitos FIIs têm apresentado quedas expressivas nas últimas semanas.
Em março, o índice que monitora os fundos imobiliários negociados na B3, o Ifix, fechou em queda de -1,69%.
Além disso, entre os meses de março e abril, dois FIIs surpreenderam o mercado ao anunciar redução significativa e restrições no pagamento de dividendos aos acionistas.
Em março, o XP Properties (XPPR11) anunciou o pagamento de proventos no valor de R$ 0,10 por cota. O valor representa uma queda significativa de quase 67% em relação ao valor pago fevereiro, de R$ 0,30.
Em linha, no mês de abril, o REC Logística (RELG11) anunciou que não fará mais pagamentos mensais de dividendos.
A crise de crédito, resultado da alta taxa de juros, tem impactado diretamente os fundos imobiliários no país, e apesar da desvalorização dos ativos,
Com isso, pode ser que o investidor esteja se perguntando: “é o fim da era dos dividendos dos fundos imobiliários?”.
A seguir, explicamos o que está em jogo para os FIIs e onde estão as melhores oportunidades deste mercado.
A ‘torneira’ de dividendos dos FIIs fechou?
A inadimplência no mercado imobiliário tem se tornado uma grande vilã nos resultados e na distribuição de proventos dos fundos imobiliários.
Mas segundo o Caio Araujo, especialista de FIIs da Empiricus Research, não existe um movimento generalizado dos fundos imobiliários apontando para o “fim” dos dividendos.
Pelo contrário, os fundos que compõem o Ifix têm apresentado dividend yields cada vez mais atrativos.
O analista também acredita que a “crise” atinge um segmento específico, como os FIIs de papel, e não deve gerar um impacto significativo no mercado em geral.
Os fundos imobiliários de papel, conhecidos como high yield, alocam predominantemente em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) com taxas de juros elevadas e, por isso, estão sujeitos a uma maior volatilidade.
Em meio à crise de crédito, na qual as empresas responsáveis pelas emissões de CRIs não conseguem saldar dívidas, o risco de inadimplência impacta diretamente os resultados dos credores desses recebíveis.
Dessa forma, a incerteza gerada no mercado faz com que investidores fujam destes ativos, derrubando seus preços.
Entenda por que o dividend yield não é o único ponto a ser analisado
No caso dos FIIs de papel, fundos que adotam estratégias de crédito de alto risco, muitos investidores que compraram cotas analisando exclusivamente o dividend yield acabaram amargando perdas significativas.
Com baixa barreira de entrada para novos investidores, o histórico de altos dividendos se torna algo atrativo para aqueles que desejam investir nesta indústria.
Mas, como em tudo na renda variável, não existe uma “fórmula mágica” que possa acertar em cheio a distribuição de proventos de um fundo imobiliário.
Isso porque existem vários fatores que podem influenciar na rentabilidade de um fundo no curto prazo, o que aumenta a chance do investidor desavisado se decepcionar com os proventos recebidos.
Para evitar o estresse, o investidor precisa entender a razão das quedas e saber selecionar criteriosamente os ativos da carteira.
Com a projeção de que a Selic volte a cair em 2023, é provável que inúmeros investidores voltem a olhar para os fundos imobiliários e as cotas voltem a se valorizar.
Neste cenário, há algumas oportunidades que vão além dos dividendos dentro da classe de fundos imobiliários.
Exemplos disso são dois fundos imobiliários logísticos que podem valorizar até dois dígitos, segundo Caio Araujo:
- Um deles está muito barato, com 30% de desconto em relação ao seu valor patrimonial;
- O outro pode pagar dividendos de 10,7% em 2023, acima da média deste mercado.
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Uma oportunidade de lucros dobrada
Aproveitando essas duas oportunidades com FIIs, o Caio está disponibilizando um relatório gratuito com duas recomendações para qualquer pessoa interessada.
Como já foi dito, trata-se de dois FIIs de galpões logísticos com alto potencial de valorização e de pagamento de dividendos com recomendação de compra agora.
O momento, apesar de vantajoso, ainda é de grande incerteza para os ativos de renda variável. Portanto, mais do que nunca você precisa de ajuda para encontrar os melhores investimentos.
Essa é a chance de você comprar cotas de dois fundos imobiliários que estão extremamente descontados e que ainda estão fora do radar de grandes investidores, para “surfar” uma eventual valorização quando a bolsa se recuperar.
Como já diria Warren Buffet, “Compre ao som de canhões e venda ao som de violinos”.
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