Os últimos meses não têm sido fácil para quem investe na Bolsa brasileira. O Ibovespa, principal índice de ações da B3, cai em torno de 7% desde o início do ano.
O movimento se deve, em boa parte, pela piora nas expectativas da inflação brasileira, o que reflete em uma lentificação no processo de corte de juros por parte do Copom. Tudo isso tem levado a uma saída massiva de recursos estrangeiros da Bolsa – só em 2024 os gringos tiraram R$ 35 bilhões.
Lembrando que aproximadamente 55% das ações brasileiras estão nas mãos de investimento estrangeiro.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, como lembra a analista Larissa Quaresma, os dados de inflação vieram “super comportados” em maio e as Bolsas americanas subiram.
“No caso do Brasil, o próprio fundamento piorou, as expectativas para a inflação pioraram, inclusive por conta do cenário do Rio Grande do Sul. Porém, achamos que o sentimento do investidor se deteriorou mais intensamente do que a piora dos fundamentos. Os nervos estão muito à flor da pele”, explica a especialista em ações.
Não é hora de correr das ações brasileiras
Para Quaresma, esse momento do mercado exige cautela: “Essa é uma boa hora para ficar quieto, evitar vender na baixa e evitar apertar botão trocado e tomar decisões erradas. Eu brinco que o ideal seria o investidor deixar o home broker trancado com cadeado e só abrir daqui dois, três meses”.
“O ser humano tem aquele ímpeto de achar que sempre precisa fazer alguma coisa, senão parece que estamos sendo irresponsáveis com o próprio patrimônio, mas o melhor agora é atravessar a tempestade, esperar passar o momento ruim para tentar chegar do outro lado com o mínimo de perda possível, para buscarmos ganhos maiores em outro momento”, argumenta.
Para isso, ela recomenda privilegiar na carteira ações de qualidade, de setores mais robustos e menos dependentes do cenário macroeconômico.
“No caso da carteira com 10 ideias de ações para investir, estamos confortáveis com todas as posições que temos, por exemplo, pelo fato de serem ações com bons fundamentos e de setores defensivos, não-cíclicos, como os de energia elétrica, infraestrutura e financeiro“.
Os possíveis gatilhos para a Bolsa ‘disparar’ em junho
Neste mês, o investidor deve ficar de olho na decisão da taxa de juros do Brasil, nos dias 18 e 19 de junho, e dos EUA, nos dias 11 e 12 de junho.
“Nos dois casos, nosso time macroeconômico espera manutenção de juros, nossa opinião é que acabaram os cortes de juros por enquanto e com recados duros tanto do Banco Central do Brasil quanto do Federal Reserve. Dependendo da comunicação dos bancos centrais e dos ruídos políticos no Brasil, podemos ver ou não a Bolsa se recuperar”, conta a analista.
Por que ficar de olho nas ações de Arezzo e Prio?
No âmbito microeconômico, a agenda deste mês é mais fraca, principalmente por não haver divulgação de resultados corporativos – fator que costuma movimentar as ações, reforça Quaresma.
Ainda assim, são aguardadas algumas notícias sobre empresas específicas, como Arezzo (ARZZ3) e Prio (PRIO3).
No caso da varejista de moda, a fusão com o Grupo Soma precisa ser votada em Assembleia Geral de Acionistas, que vai ocorrer ao longo do mês de junho, em primeira chamada.
No caso da petrolífera, o mercado aguarda notícias sobre o fim da greve do IBAMA, que está impedindo a licença de produção em um dos ativos mais importantes de Prio.
Ambas as empresas estão na carteira das 10 ações recomendadas pela Empiricus Research para se investir em junho.
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