O Ibovespa fechou o pregão da última sexta-feira (9) em 117.019 pontos. O número é 20,6% superior à mínima registrada no dia 23 de março (96.997 pontos) e marcou oficialmente a volta do bull market (mercado otimista e com tendência de alta) brasileiro.
Pensando nisso, muitos investidores podem se perguntar se é hora de investir na B3 (B3SA3), a empresa por trás da Bolsa de Valores brasileira. Para a Empiricus Research, a resposta é sim.
A analista Larissa Quaresma explica que o financial deepening (em português, “aprofundamento financeiro”, termo que se refere a um aumento da oferta de produtos financeiros, principalmente ligados à renda variável) deve voltar a acontecer.
Isso porque o movimento de alta do mercado brasileiro não ocorre por acaso. Há motivos sólidos impulsionando a Bolsa, como o iminente corte da taxa Selic no segundo semestre e as expectativas de pausa do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos e de estímulos ao mercado da China.
A alta do Ibovespa – e, mais significativamente das small caps – mostra que os investidores estão respondendo aos bons sinais macroeconômicos e voltaram a correr risco em busca de retornos atrativos.
Neste contexto, é um tanto quanto plausível imaginar que a B3, que controla a Bolsa de Valores brasileira, deve ir bem com a “volta” dos investidores à renda variável.
Portanto, a possibilidade de ganhar com o bull market é um dos pontos da tese.
Ação da B3 está ainda mais barata que as estimativas do mercado
Um outro fator que chama a atenção é o valuation atrativo da ação. Para Larissa, o papel “ainda está muito barato”.
Com base na estimativa média do mercado, B3SA3 negocia a 16 vezes os seus lucros para 2024. Para a Empiricus Research, o número é ainda mais atrativo: 11 vezes os seus lucros.
“Achamos que esse aumento de volume negociado não está refletido na estimativa dos analistas e isso pode ser um gatilho para a ação voltar a subir. Só nesse re-rating já tem uma ‘pernada’ pra ir”, aponta Larissa.
A analista aponta o preço-alvo de R$ 19 para B3SA3. O valor representa um upside de 29,2% sobre o preço de tela ao final do pregão da última sexta-feira (9). Para Larissa, o número ainda é “bem conservador” e pode ser ainda melhor, por exemplo, “se a Selic baixar mais que o esperado”.
Nunca é demais lembrar que, historicamente, o mercado subestima os cortes na taxa básica de juro em 1,5%.
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Crescimento com menor risco
A analista ressalta também que, por se tratar de uma large cap (empresa com grande valor de mercado), a ação não tem o perfil de dobrar ou triplicar o valor atual.
“Já temos uma parte relevante da carteira em small e mid caps. Optamos por incluir B3 para aumentar o beta e a sensibilidade à queda da Selic, mas sem aumentar tanto o risco”.
Dentre os setores que devem surfar com mais intensidade à queda dos juros, Larissa aposta no setor imobiliário, no consumo cíclico – principalmente nas empresas de varejo – e, claro, nas small caps em geral.
Confira abaixo a entrevista completa de Larissa Quaresma no Giro do Mercado: