A Weg (WEGE3) anunciou na manhã desta segunda-feira (25) um acordo para aquisição dos negócios de motores elétricos industriais e geradores da empresa norte-americana Regal Rexnord, no valor de US$ 400 milhões.
Ao todo, a transação – maior da história da Weg – inclui 10 fábricas localizadas em 7 países, 11 filiais comerciais e uma equipe de quase 3 mil colaboradores.
Mesmo em um pregão negativo do Ibovespa, as ações da Weg respondem bem ao anúncio, com forte alta de 5% por volta das 16h.
Analista avalia positivamente a aquisição feita pela Weg
Na visão do analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, a aquisição justifica a boa reação das ações. Ele vê o preço pago pela brasileira como “bastante barato”, dado o peso da operação.
Além disso, a Weg passa a ter mais relevância no setor de geradores, em que já era líder de mercado no Brasil, mas tinha pouco market share no exterior.
Agora, a companhia brasileira passa a ser líder no mercado norte-americano e no canadense, e top 3 na Europa, afirmou Fernando.
“Com isso você consegue ter mais fábricas, mais sinergia, reduzir custos e começa a acessar players que antes não acessava, o que é muito importante”.
Um dos players que a Weg passará a ter mais proximidade, por exemplo, é a Carterpillar, multinacional que já fazia negócios com a adquirida pela empresa brasileira. “A Weg não conseguia entrar na Carterpillar. Agora tem uma oportunidade para fazer vendas cruzadas”, avalia Fernando.
No segmento de motores elétricos, o analista também vê atratividade. “Traz complementaridade em produtos que a Weg não tinha expertise ou não atuava de forma tão forte. Dá para gerar bastante valor”.
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WEGE3: Empiricus Research tem recomendação neutra
Apesar de considerar a Weg uma excelente empresa, o analista tem uma recomendação neutra para as ações, que durante muito tempo foram indicadas pela Empiricus Research.
“Hoje ela negocia a 27x lucro e 19x Ebitda, que é abaixo da média histórica dos últimos cinco anos, mas ainda é cara na nossa visão. Ela se beneficiou bastante do rearranjo de fábricas globais por conta da pandemia, e agora nossa grande dúvida é se ela vai continuar ganhando espaço das grandes, como a Siemens, ou vai perder espaço e voltar para o market share histórico. Diante dessa dúvida e o valuation caro, preferimos ficar fora, embora reconheçamos que é uma excelente companhia”.
Para conferir a análise completa de Fernando Ferrer sobre a aquisição da Weg, veja a entrevista abaixo: