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A bolsa brasileira vive o seu primeiro pregão de 2025 nesta quinta-feira (2). Depois de um 2024 ruim para os ativos de risco locais, o ano novo pode representar esperança de dias melhores e o momento de calibrar o portfólio para os meses que virão.
Para fazer uma retrospectiva de 2024 e abordar suas expectativas para os investimentos em 2025, os fundadores da Empiricus, Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, participaram do programa Giro do Mercado, do Money Times (assista na íntegra ao final da matéria).
Segundo Miranda, embora o investidor local esteja machucado pelo desempenho do Ibovespa em 2024 (o principal índice acionário brasileiro caiu 10,3%), abrir mão do “Kit Brasil” nessa altura do campeonato pode “ser perigoso”.
Ele recomenda uma diversificação entre renda fixa (de preferência títulos pós-fixados), dólar, ouro, uma posição pequena em criptomoedas, além de se manter alocado na bolsa brasileira.
“Não estou dizendo que será um ano fácil, nem que as coisas necessariamente serão corrigidas em 2025. Mas eu não desistiria do ‘Kit Brasil’ e estenderia meu horizonte de investimento até o final de 2026”, disse.
Diversificação e paciência serão, mais do que nunca, fundamentais em 2025
Caso haja uma melhora na perspectiva fiscal, os ativos da bolsa brasileira poderiam subir significativamente, dado o ponto de partida depreciado.
Por outro lado, avalia Felipe Miranda, caso haja uma manutenção ou piora na percepção fiscal “você vai ganhar dinheiro com os outros ativos e estaremos contratando para 2026 um ciclo de mudança econômica-política”.
Na visão de Miranda, caso Lula não dê sinais de maior responsabilidade com os gastos públicos, cresceria a probabilidade de um candidato com uma política mais pró-mercado ganhar as eleições de 2026.
“Não caia nessa tentação de achar que você vai saber a hora da mudança. Temos que tolerar um pouco. Dilata o horizonte temporal para 2026, diversifique em dólar e no pós-fixado, compre boas companhias dentro do que a sua tolerância a risco respeita e não desista do Brasil nesse momento”, disse.
O também fundador da Empiricus Rodolfo Amstalden lembra que as ações brasileiras estão tão baratas que a mera priorização da votação na câmara do pacote de corte de gastos, na ocasião, foi motivo suficiente para uma leve melhora no humor.
“Até os pequenos eventos são suficientes para provocar alguma recuperação”, afirmou.
O analista também acredita que o investidor deve esperar uma possível virada de chave posicionado na bolsa brasileira – em um portfólio devidamente diversificado.
“Não acho que vai ser um ano maravilhoso, mas ele carrega essa opcionalidade do início da virada. Esses anos são interessantíssimos e você precisa acordar posicionado. 2025 começa com o pior nível de expectativas possíveis e tem razão de ser para isso. Mas ser positivamente surpreendido após uma experiência traumática é mais fácil do que subir 30% em cima de 40%”, disse Amstalden.
O que evitar e o que comprar em 2025
Em meio à turbulência, existem alguns tipos de ações a serem evitadas: as com alto endividamento.
“Evitamos de maneira bastante razoável e acho que continua sendo uma lição para 2025: evitar casos de turnaround e grandes histórias de desalavancagem”, recomendou Amstalden.
Na ponta internacional do portfólio, Rodolfo diz ter dúvidas sobre até onde vão a alta das empresas dos EUA.
“Os valuations parecem estar ficando mais salgados, mas, ao mesmo tempo, as principais empresas têm conseguido entregar um crescimento de lucro por ação compatível com esse re-rating da bolsa”, ponderou.
No entanto, ele defende que, ao contrário das big techs e large caps da bolsa norte-americana, as small e mid caps (empresas de pequeno e médio porte da bolsa) podem ser uma aposta interessante para 2025. “Estão negociando a múltiplos ainda muito deprimidos”.
Para saber exatamente quais são os ativos mais recomendados para aproveitar o cenário, o Seu Dinheiro, portal que pertence ao mesmo grupo da Empiricus, vai realizar o evento online e gratuito Onde Investir em 2025. Retire seu ingresso neste link.
Assista na íntegra a entrevista com Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden:
