Após o pregão regular da quinta-feira (25), a Alphabet (B3: GOGL34 | Nasdaq: GOOGL), controladora do Google, também entrou na mira dos investidores com os seus balanços do 1T24.
Apesar das muitas dúvidas dos investidores em relação ao seu modelo de negócio por conta do surgimento de ferramentas de inteligência artificial, a empresa reportou resultados muito acima das projeções de mercado.
Receita cresceu 15% em 12 meses, com destaque para Google Cloud
Nos três meses encerrados em março a receita da Alphabet totalizou US$80,539 bilhões, uma alta de 15% (+16% sem variação cambial) em comparação com o mesmo trimestre de 2023. No ano passado, o crescimento apresentado pela companhia tido sido de meros 3% (+6% ex-câmbio).
A parte de publicidade, principal negócio da empresa, teve vendas de US$61,659 bilhões (+13% vs. 1T23). Já a linha de negócios de assinaturas, plataformas e dispositivos — que englobam os valores provenientes do YouTube Premium, por exemplo — apresentou receita de US$8,739 bilhões (+18%).
Mas o grande destaque de crescimento no trimestre foi o segmento de computação em nuvem, com o Google Cloud reportando receita de US$9,574 bilhões, valor 28% maior do que o reportado no primeiro trimestre de 2023.
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Maior custo de aquisição de tráfego não impactou o lucro operacional de Alphabet
Mesmo com o aumento de 10% no custo de aquisição de tráfego, que totalizou US$12,946 bilhões no período, a Alphabet conseguiu reportar um aumento de quase 13% no seu lucro operacional, que totalizou US$25,472 bilhões no 1T24. A margem operacional encerrou o trimestre nos 32%, 7 pontos percentuais acima do apresentado no 1T23.
Além da parte do Google Services (US$27,987 bilhões, +28%), que soma os resultados de publicidade e assinaturas, ser altamente lucrativa — rodando com uma margem operacional de quase 40% —, aos poucos a linha do Google Cloud vai melhorando o seu resultado, tendo reportado um lucro operacional de US$900 milhões (margem de 9,4%) comparado com US$191 milhões (margem de 2,5%) um ano antes.
Já a parte do Other Bets, que englobam os resultados de apostas da empresa como Waymo (carros autônomos) e Verily (saúde) ainda apresenta prejuízo operacional da ordem de US$1 bilhão, leve recuo em relação ao 1T23 (US$1,225 bilhão).
Lucro líquido cresceu mais de 61% na comparação anual
Na linha final de resultado, o lucro líquido da Alphabet foi de US$23,662 bilhões, ou US$1,89 por ação, aumento de mais de 61% na comparação com o mesmo trimestre de 2023.
O fluxo de caixa operacional da companhia totalizou US$28,848 bilhões (+22% vs. 1T23) e o fluxo de caixa livre (ou seja, abatendo os investimentos realizados no período) foi de US$16,836 bilhões (-2%).
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Vem aí o primeiro dividendo da história da Alphabet
Além dos ótimos resultados, a direção aproveitou para anunciar o primeiro dividendo da história da companhia. O valor, de US$0,20 por ação, será pago em 17 de junho para a base de acionistas ao final do dia 10 do mesmo mês.
Sem falar na autorização para um novo programa de recompra de ações no montante de US$70 bilhões, aproximadamente 4% do valor de mercado da companhia.
Não à toa, as ações valorizavam mais de 12% no after-market, levando a empresa para o seleto grupo de empresas com valor de mercado superior a US$2 trilhões.
Mantemos a recomendação de compra para as ações da Alphabet (B3: GOGL34 | Nasdaq: GOOGL), uma sugestão do book internacional da Carteira Empiricus.
