A Amazon (Nasdaq: AMZN | B3: AMZN34) divulgou ontem (3) seus resultados do segundo trimestre de 2023. No geral, o resultado foi formidável e as ações subiram cerca de 6% no pregão noturno.
Vendas expandiram no e-commerce e nas lojas físicas
No consolidado, a gigante americana somou vendas de US$ 134,3 bilhões, um crescimento de 11% na comparação anual, acima do esperado.
Entre os principais mercados da Amazon, as vendas nos EUA cresceram 11%, totalizando US$ 84,5 bilhões; no mercado internacional, as vendas cresceram 10%, totalizando US$ 29,7 bilhões.
Olhando individualmente para as linhas de negócio da empresa, as vendas diretas (os produtos vendidos no 1P do e-commerce da Amazon) cresceram 5% na comparação anual, somando US$ 52,9 bilhões.
No marketplace, as vendas totalizaram US$ 32,3 bilhões, crescimento de 18% versus o 2T22, desconsiderando os efeitos cambiais.
Nas lojas físicas as vendas foram de US$ 5 bilhões, crescimento de 7% na base anual.
Mais impressionante que o crescimento das receitas, foi o retorno da rentabilidade
Em diversas ocasiões nos últimos trimestres, respondemos perguntas de investidores questionando se de fato havia algum valor no e-commerce da Amazon, que mesmo depois de tantos investimentos ainda apresentava margens operacionais negativas.
Num passado não muito distante, erros foram cometidos, sobretudo no dimensionamento dos investimentos em infraestrutura durante a pandemia.
Desde que assumiu, porém, o novo CEO da Amazon (Andy Jassy, antigo CEO da AWS, divisão de infraestrutura em nuvem da companhia) deixou claro que sua prioridade seria a lucratividade.
O fim da era Bezos implica que o restante da empresa precisaria ser lucrativa, assim como a AWS (obviamente com margens menores, devido à natureza dos dois negócios).
Bom, Andy já pode dizer que cumpriu sua promessa. Nos EUA, a operação da Amazon apresentou um lucro operacional de US$ 3,2 bilhões no 2T23, contra um prejuízo de US$ 627 milhões no mesmo período do ano passado.
Nos mercados internacionais, onde a Amazon detém um mix de mercados maduros e lucrativos (como o Reino Unido, Alemanha e Japão) e outros ainda em fase de investimentos (como o Brasil e a Índia), o prejuízo operacional caiu pela metade no 2T23.
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Amazon AWS surpreendeu positivamente
O grande destaque dos últimos anos, a Amazon AWS, mostrou um resultado levemente acima do esperado: um crescimento de 12%, com vendas totais de US$ 22,1 bilhões no trimestre.
Apesar dos números não serem mais astronômicos como na pandemia (quando a AWS chegou a crescer acima de 40% ao ano), é bom ver o segmento voltar a crescer.
No trimestre anterior (1T23), a AWS apresentou sua primeira queda de receitas numa base consecutiva (4T22).
A divisão, que enfrentou desafios do lado da demanda, com os clientes buscando ativamente maneiras de otimizar seus gastos com infraestrutura e postergando projetos não essenciais, reportou que, no geral, o mercado está de volta ao modo crescimento e em busca de inovação.
No 2T23, a margem operacional da AWS foi de 24%, estável em relação ao último trimestre.
No pregão noturno, as ações de uma série de outras empresas de software sobem em resposta aos números da AWS.
O que achamos da ação de Amazon (AMZN)?
Os bons números reportados acima culminaram em um lucro operacional de US$ 7,68 bilhões, bem acima dos US$ 4,72 bilhões esperados pelo mercado.
Além dos números fortes, a Amazon não decepcionou em seu guidance.
Para o 3T23, a Amazon espera atingir vendas entre US$ 138 bilhões e US$ 143 bilhões, acima do esperado pelo mercado no intervalo mais baixo das estimativas (US$ 138 bilhões).
Neste momento, o nosso portfólio internacional na Empiricus Research — o Investidor Internacional — não está posicionado nas ações da gigante americana.