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Imagem: iStock.com/fazon1
Após o fechamento do mercado da quinta-feira (30) a Apple (B3: AAPL34 | Nasdaq: AAPL) mostrou aos investidores os seus números do primeiro trimestre do ano fiscal de 2025 (encerrado em dezembro/24), que vieram praticamente em linha com o esperado.
As vendas no período foram de US$124,3 bilhões, alta de 4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e o maior nível da história da empresa.
Analisando por linha de produto, a companhia reportou receita do iPhone de US$69,138 bilhões, menos de 1% abaixo do resultado de um ano atrás. Por outro lado, a linha de Serviços continua sendo um dos principais vetores de crescimento, com receita de US$26,340 bilhões (+13,9% vs. 1T24).
A receita de Macs (US$8,987 bilhões, +15,5% vs. 1T24) e de iPads (US$8,088 bilhões, +15,2%) tiveram as maiores taxas de crescimento do período, enquanto a parte de Wearables, Home e Acessórios apresentou recuo (US$11,747 bilhões, -2%).
Essa maior participação dos Serviços no resultado total permite à companhia melhorar aos poucos o seu nível de lucratividade. O lucro bruto no trimestre totalizou US$58,275 bilhões, valor 6,2% maior do que no mesmo período do ano anterior e o que representa uma margem de 46,9% (+1 ponto percentual vs. 1T24).
E essa melhora percorreu o resto do balanço da empresa, com o lucro líquido somando US$36,330 bilhões (+7,1% vs. 1T24), ou US$2,40 por ação, um aumento de mais de 10% na comparação anual.
Apesar da capacidade de continuar entregando melhores resultados trimestre após trimestre, algumas dúvidas surgiram na cabeça dos investidores.
Vendas da Apple na China seguem aquém das expectativas
Isso porque, analisando os números por região, uma das grandes expectativas de crescimento da Apple — o mercada da Grande China — ainda está longe da realidade: as vendas no gigante asiático foram de US$18,513 bilhões no trimestre, um recuo de mais de 11% em relação ao 1T24 e bem abaixo dos US$21 bilhões esperado pelos analistas.
A expectativa de parte dos investidores era que, com o lançamento da Inteligência Artificial da empresa (Apple Intelligence), muitos consumidores buscariam já trocar de aparelho nesse último trimestre.
Segundo o CEO Tim Cook, isso de fato aconteceu, com as vendas de iPhone sendo mais fortes nos países em que a tecnologia já está disponível. Mas o fato de só funcionar em um pequena quantidade de regiões de língua inglesa, e não ter a sua versão chinesa, com certeza reduziu a capacidade de vendas da companhia.
Porém, a empresa enxerga o Apple Intelligence como um dos vetores para a retomada mais vigorosa do seu crescimento. De acordo com Cook, as novas possibilidades destravadas para os usuários com a sua IA tornarão os aplicativos e experiências cada vez melhores e mais customizadas para cada indivíduo.
O executivo aproveitou para lembrar da expansão da tecnologia para outros países, incluindo uma versão em chinês simplificado, em abril.
Apple segue com recomendação de compra pela Empiricus
Após um início volátil, a ação se firmou no campo positivo no after-market, apresentando ganhos de mais de 3%.
Um possível novo ciclo de renovação de iPhones (por conta da tecnologia de IA) aliado a melhores resultados da linha de Serviços, devido a base de dispositivos ativos que atingiu uma nova máxima no trimestre (2,35 bilhões, ante 2,2 bilhões reportado um ano atrás) deve permitir a companhia fundada por Steve Jobs apresentar melhores números no futuro próximo.
Respeitando a alocação sugerida na Carteira MoneyBets (1% a 3% do portfólio), seguimos com recomendação de compra para as ações da Apple (B3: AAPL34 | Nasdaq: AAPL).
Para conferir outras 10 recomendações internacionais da Empiricus Research, acesse este relatório gratuito com as teses em cada uma das companhias.