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Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) confirmam fusão: quais os próximos passos e desafios?

Confira como ficam as ações de ARZZ3 e SOMA3 após a fusão das varejistas de moda e quem comandará a nova companhia.

Por Nicole Vasselai

06 fev 2024, 15:47 - atualizado em 06 fev 2024, 15:47

arezzo (ARZZ3) e soma (SOMA3)
Imagem: Divulgação

Na última segunda-feira (5), em comunicado ao mercado, as varejistas de moda Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) confirmaram a fusão e devem se tornar uma só, após rumores na semana passada.

Inclusive, as ações das companhias lideraram as altas da primeira semana de fevereiro. Os papéis de Soma, dono da Hering e da Farm, subiram 10,94%, seguidos de Arezzo, com valorização de 8,44%.

Juntas, Arezzo e Soma faturaram R$ 12 bilhões no terceiro trimestre de 2023, segundo os resultados mais recentes disponíveis. O nome da futura empresa ainda não foi definido.

Comando da companhia ficaria com acionistas de referência

Os atuais acionistas de referência da Arezzo e do Grupo Soma ficarão à frente da gigante do varejo de moda resultante da fusão de maneira paritária.

Alexandre Birman, da Arezzo, será o CEO. Roberto Luiz Jatahy Gonçalves, do Soma, ficará à frente da unidade de vestuário feminino.

Rony Meisler seguirá como CEO da AR&Co e Thiago Hering continuará liderando a unidade que leva seu sobrenome.

Arezzo vai incorporar Grupo Soma

O acordo de associação prevê a incorporação do Grupo Soma pela Arezzo&Co.

Nesse sentido, os acionistas do Grupo Soma receberão 0,120446593048 ação da Arezzo. Eles ficarão com 46% da empresa e os acionistas da Arezzo&Co, com os 54% restantes.

Concluída a transação, a expectativa é de que a família Birman detenha 22% do capital da nova empresa e que os controladores de Soma fiquem com 16%.

Os acionistas de referência das companhias comprometeram-se com a celebração de um acordo para votarem em conjunto nas assembleias.

Além disso, eles informaram que votarão pela fusão em todas as instâncias aplicáveis e estão comprometidos com a indicação paritária de membros para o conselho de administração e com um lock-up por período ainda indefinido.

lock-up impede esses acionistas de venderem suas respectivas participações na empresa.

O acordo ainda está sujeito à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que pode acontecer até o final deste ano.

Para saber mais detalhes sobre as perspectivas para Arezzo após essa aquisição, confira a entrevista com a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research:

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.