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Arezzo (ARZZ3) deve manter resultados positivos; confira as expectativas para o segundo semestre

Com volume grande de novas marcas, companhia acumula retornos positivos e tem investido em marketing para aumentá-los

Por Mara Mendes

24 out 2022, 17:04 - atualizado em 20 dez 2022, 17:28

Frente da loja Arezzo. Há vários calçados em exposição, sobretudo femininos
Imagem: Divulgação

As estratégias da Arezzo & CO (ARZZ3) de investimento pesado em marketing e aquisição de diferentes marcas, o que tem sido uma constante nos últimos meses, rendeu bons resultados. Para os analistas da série Palavra do Estrategista, este momento positivo deve continuar. 

Sua capacidade de aumentar o preço de produtos, já que conta com um público de alta renda, e o volume de novas marcas adquiridas (como a Vans e a Reserva) serão responsáveis para que a empresa continue crescendo no segundo semestre deste ano. 

Como a Arezzo cresceu tanto? 

Chama atenção que, mesmo diante de um cenário difícil para o nicho de varejo de moda, com um frio excepcional, a varejista contornou a situação e saiu por cima. Um questionamento levantado pelos analistas é, justamente, a que custo a companhia mantém um crescimento tão forte.

Para eles, o quadro deve-se muito provavelmente à execução de campanhas de marketing a curto prazo, como citado anteriormente. Os executivos da Arezzo acreditam que a estratégia é necessária para solidificar as bases de crescimento, em especial de marcas mais jovens ou recém-adquiridas, por mais que comprometa a margem EBITDA nos próximos trimestres.

Recentemente, os recursos do grupo também foram aplicados na compra de ativos importantes. É o caso da Reserva (vestuário masculino), HG e Sunset (manufatura e bolsas) e Carol Bassi (marca feminina de luxo), as três com focos de produtos e público diferentes. 

Mas não só elas foram integradas. Marcas orgânicas, como Brizza (chinelos), Alme (marca mais acessível) e linhas de vestuário feminino na Reserva e na Schutz, também tiveram sua vez nos investimentos. 

Há mais crescimento por vir, segundo analistas

Neste segundo semestre, entretanto, uma aquisição de novas marcas surpreenderia o mercado. 

Ainda que acumule um caixa líquido de R$ 360 milhões, segundo dados do 2T22, a quantidade de aquisições recentes dá aos analistas uma previsão de improbabilidade de novas incorporações ou licenciamentos para a companhia, pelo menos no curto prazo. 

De toda forma, os analistas permanecem confiantes quanto a capacidade da companhia de entregar resultados positivos, independentemente do momento macroeconômico. E espera-se ainda que cresça. 

Não é à toa que o grupo tem se destacado em relação aos pares, considerando a qualidade de execução e posição financeira robusta que demonstra. Dessa forma, a Arezzo & Co (ARZZ3), que divulgará os resultados do 3T22 dia 9 de novembro, permanece na carteira Oportunidades de Uma Vida

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Sobre o autor

Mara Mendes

Jornalista em formação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Já passou pelo Jornal da USP, Rádio USP FM, Jornalismo Júnior, LabCidade FAUUSP, Veja São Paulo e escreve, atualmente, para o Money Times e Seu Dinheiro.