Investimentos

As Melhores Ações Para Janeiro de 2021

Conheça as ações ideais dos especialistas da Empiricus

Por Matheus Egydio

05 jan 2021, 02:51

Os relatórios da Empiricus buscam trazer ao investidor pessoa física o mesmo nível de sofisticação que está disponível aos muito ricos ou aos investidores institucionais. Hoje trazemos as melhores ações para Janeiro de 2021, para que você já comece a preparar seus investimentos.

Parte desse trabalho consiste em encontrar as melhores ações disponíveis no mercado.

RDOR3, por Max Bohm

Após o IPO em dezembro de 2020, a Rede D’Or está avaliada acima dos R$ 100 bilhões. Entra, portanto, no top 10 da B3 assim que inaugura sua exposição pública.

 

Max Bohm, nosso analista aqui na Empiricus, enxerga grande potencial na companhia, que possui mais de 40 anos na área da saúde e se consagra como a maior rede de hospitais privados do país.

 

Ele identificou que, nos últimos cinco anos, a Rede D’Or registrou uma uma expansão anual da receita líquida de aproximadamente 22%, entregando uma expansão de quase 30% ao ano na linha de lucro líquido.

Fonte: Prospecto da Oferta; Elaboração: Empiricus

E a ampliação do negócio gera um ciclo virtuoso: “com o crescimento de seu portfólio, a Rede D’Or se beneficia do ganho de escala. Apenas pelo seu tamanho, ao realizar uma aquisição, ela consegue reduzir os custos dos insumos do hospital adquirido em cerca de 25%”, conclui Max.

Dito isso, nossa primeira recomendação de compra é RDOR3, para que você surfe na potencial continuidade do track record e escalabilidade da Rede D’Or.

BERK34, por João Piccioni

Com o advento dos BDRs, se tornar sócio de Warren Buffet é uma opção muito mais acessível do que um ano atrás. E João Piccioni, nosso analista na Empiricus, expõe porque essa opção deve ser aproveitada.

 

A eficiência da gestão de Buffett e Munger pode ser sintetizada em números: dos anos 60 até 2015, a Berkshire (BERK34) se valorizou mais de 1.800%. Através do buy and hold — por vezes extremo, como é o caso da participação de 32 anos na Coca-Cola — a dupla se tornou imbatível.

 

O próprio rendimento do S&P 500 (índice de ações atrelado às quinhentas maiores empresas dos EUA) não é páreo, como o gráfico abaixo escancara:

 

Fontes: Berkshire Hathaway, Bloomberg e Empiricus

Com capital de sobra sob direção brilhante e capaz de se reinventar, sugerimos que você compre BERK34.

SANB11, por João Piccioni

O Santander é o único banco internacional com escala no Brasil — que, no acumulado de 2020, gerou cerca de 30% do resultado global do grupo — e o terceiro maior banco privado em termos de representatividade. Na visão de Piccioni, o momento é uma oportunidade de ter o bancão no portfólio.

 

O funcionamento da empresa é embasado em duas linhas principais de negócio: crédito e serviços. A primeira cresceu 20% na comparação anual, 4% trimestre contra trimestre. A segunda apresentou retração de 4% na comparação anual, mas crescimento de 15,7% em relação ao trimestre anterior (2T20).

 

Além disso, o curto prazo tem potencial. As ações da companhia (SANB11) tiveram alta significativa, mas o prejuízo acumulado de 2020 ainda supera os 9%… Em um cenário de continuidade do “rotation trade” — transição de ações de tecnologia para ações da “velha economia” —, isso significa um forte potencial de recuperação, com lucros à altura.

 

E a expectativa para 2021 é ainda mais otimista: “o banco deve encerrar 2020 com um ROE — retorno sobre patrimônio líquido, em português — superior ao do restante dos competidores (cerca de 16%, segundo nossas estimativas) e deve largar na frente no próximo ano”, aponta Piccioni.

MGLU3, por Max Bohm

A recomendação dessa ação, aqui na Empiricus, é antiga. Mas trimestre a trimestre, o Magazine Luiza surpreende o mercado com seus resultados. Max Bohm, dessa vez, reforça porque a MGLU3 ainda é um bom negócio.

 

Como dito, os resultados prévios foram excelentes. E o ponto-chave da indicação de MGLU3 é que a empresa tem tudo para seguir assim, podendo até mesmo ter maior valor de mercado na B3.

 

Um ponto de destaque é a escalabilidade da operação online. Pense em Vale. Duplicar a produção envolve custos imensos na abertura de novas minas. Para uma loja digital como o Magalu, porém, os maiores custos estão no desenvolvimento da plataforma. Dobrar as vendas implica custos, claro, mas eles são decrescentes, uma vez que o grosso do investimento tecnológico já foi feito.

 

Outro é o rápido crescimento da receita da empresa, especialmente no marketplace (onde terceiros vendem seus produtos dentro do site do Magalu), puxado pela “externalidade de rede”.

 

Nunca ouviu falar? Max Bohm explica.

 

Quanto mais a empresa cresce, mais forte fica o seu marketplace. Quanto mais amigos usarem o Facebook, menor a chance de você ficar de fora, certo? Magazine Luiza segue a mesma lógica: “quanto maior o número de vendedores, maior será o número de compradores na plataforma”.

 

E provas disso, nós temos:

Mas… tem espaço para crescer?

 

Muito.

 

Magazine Luiza, do tamanho que tem, representa apenas 2% do market share. Como aponta Ricardo Mioto, nosso diretor de comunicação, “se você tem 2% de participação porque seu mercado é muito fragmentado — como é o varejo no Brasil — é possível sonhar com 4% sem grandes malabarismos”.

 

Max complementa: “o enriquecimento da população — 90% dos brasileiros já possuem conta-corrente em alguma instituição financeira — com o aumento do acesso à tecnologia pode favorecer o crescimento do mercado endereçável da Magazine Luiza”.

 

Por isso, encerramos nosso artigo com essa sugestão que teima em continuar em voga: compre MGLU3.

Sobre o autor

Matheus Egydio

Escreve para o site da Empiricus, MoneyTimes e Seu Dinheiro.