Ainda com um volume de negócios fraco em renda variável, o mês de outubro não colocou as expectativas para o 4T23 da B3 (B3SA3) em melhores condições. A aversão global ao risco, puxada pela elevação do juro americano, prejudicou o fluxo financeiro para os ativos de risco brasileiros no mês passado.
Ações Listadas
O segmento mais relevante da companhia, o de Ações Listadas, registrou volume financeiro médio diário (ADTV) de R$ 23,2 bilhões, queda de 0,5% em relação ao mês anterior e de 34,1% na comparação anual. Dado o desempenho do Ibovespa no mês de outubro (-2,9%), indicando que o humor dos investidores seguia inalterado, não esperávamos ver recuperação dos volumes no mês, mas a leve contração em relação a setembro mostra que o cenário também foi bastante desafiador.
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Outras linhas de negócio da B3
Por outro lado, as outras linhas de negócio, que são menos representativas — mas equilibram o resultado consolidado, como vimos no 3T23 —, cresceram. Na vertical de Juros, Moedas e Mercadorias Listados, o volume médio diário foi 7,5 milhões de contratos, forte avanço em relação ao mês anterior (+33,5%). No segmento de Balcão, as novas emissões de renda fixa avançaram 7,2% na comparação mensal, enquanto as de derivativos cresceram 19,3%. Por fim, os segmentos de Infraestrutura de Financiamento e Tecnologia, Dados e Serviços, também avançaram: o total de veículos financiados cresceu 9% mensalmente e o número de participantes que usaram o balcão 1%, respectivamente.
Apesar dos números fracos de outubro, vale ressaltar que o rali recente da bolsa começou apenas em novembro. Assim, esperamos uma melhora sequencial de volume no segmento de Ações nos dados consolidados deste mês. Tal evolução já aparece no último relatório diário divulgado pela B3, onde, até a última segunda-feira (20), o ADTV no mês ultrapassou os R$ 27 bilhões.