O Banco Central (BC) definirá nesta quarta-feira (1) a taxa básica de juros brasileira, Selic.
A taxa deve ser mantida em 13,75% ao ano, sem muitas surpresas. Há expectativa, contudo, de que o BC comente sobre o risco de desancoragem das expectativas de inflação em meio a pressões políticas para elevação da meta de inflação dos próximos anos.
A verdade é que, após as falas do Presidente Lula em defesa a uma meta mais alta do índice de preços, o mercado deve esperar a reunião do CMN (Comitê Monetário Nacional) caso queira reajustar suas estimativas de inflação de médio prazo.
Além disso, nessa manhã, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a nova regra fiscal deve ser aprovada pelo presidente em abril. Até lá, seguimos com um “piso” para as inflações implícitas mais longas.
Do lado político, acabaram as férias. O Congresso volta às atividades com eleição nas duas casas. Os favoritos para liderarem a Câmara e o Senado são os atuais presidentes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
No Senado, a disputa entre Pacheco, apoiado pelo Presidente Lula e o ex-Ministro de Bolsonaro, Rogério Marinho, tem sido tratada como mais uma queda de braço, ou “terceiro turno”, entre Lula e Bolsonaro. O resultado das disputas, definidas por voto sigiloso, deve revelar a força do governo no legislativo. A volta das férias deve trazer também um noticiário mais cheio e ruidoso.
Por isso, no nosso cardápio de recomendações, seguimos preferindo os títulos de renda fixa pós fixados de curto prazo, dado o alto nível da Selic e, principalmente, o desincentivo ao risco advindo das incertezas políticas.
Confira o cardápio com títulos de renda fixa para a semana
*O trecho e as indicações acima foram tiradas do relatório da série Super Renda Fixa, da Empiricus, comandada por Lais Costa e Diego Bleinroth. Os assinantes da série têm acesso aos relatórios completos, com informações a respeito do mercado brasileiro e internacional, além das tradicionais recomendações.