Banco Central endurece o tom na ata da última reunião do Copom; veja a análise

O Banco Central (BC) divulgou na manhã de hoje (7) a ata da última reunião do Copom. O tom veio em linha com o do comunicado: bastante duro.

O BC reforçou que as projeções do seu cenário de referência (que considera a trajetória da Selic conforme a estimativa do relatório Focus), não demonstram convergência da inflação para a meta, mas no cenário alternativo, em que não há corte de juros neste ano, o objetivo inflacionário é alcançado.

Além disso, o BC rebateu a narrativa de que medidas fiscais devem fazer com que a atividade seja sustentada, ou seja, que o PIB cresça. Ao contrário, na atual conjuntura de mercado de trabalho apertado, o efeito inflacionário (indesejável) das medidas fiscais se sobrepõe aos benefícios (desejáveis) sobre a atividade.

O BC chegou a mencionar o possível efeito do pacote fiscal do Ministério da Fazenda, que teria efeito de aumento da arrecadação do governo, e consequentemente, seria positivo para o equilíbrio das contas, porém, o comitê foi bastante claro em relação a preocupação com o comportamento dos juros longos.

Enquanto as manchetes dos jornais continuam inflamando o cenário, que já é bastante desafiador para o banco central, o mercado deve continuar apagando os cortes de juros precificados no segundo semestre deste ano e sacramentando um piso para os juros longos.

Por isso, continuamos preferindo os títulos pós-fixados no curto prazo em detrimento de posições prefixadas, considerando as restrições de operação de renda fixa da pessoa física.

Confira o cardápio da semana:

Todas as recomendações abaixo são títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos, contudo, o investidor precisa se certificar de que não ultrapassou o limite de R$ 250 mil por instituição. Outro ponto importante é que, para a sua reserva de emergência, isto é, para aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo e que precisa estar disponível imediatamente, recomendamos o Tesouro Selic ou fundos DI taxa zero.

*O trecho e as indicações acima foram tiradas do relatório da série Super Renda Fixa, da Empiricus, comandada por Lais Costa e Diego Bleinroth. Os assinantes da série têm acesso aos relatórios completos, com informações a respeito do mercado brasileiro e internacional, além das tradicionais recomendações.