Investimentos

Bitcoin desaba com ‘acusação’ de Elon Musk de que prejudica o meio ambiente; entenda a crítica e seus impactos na cotação

O bitcoin chegou a cair cerca de 15% em 24 horas, para US$ 46.980 na mínima do dia. Veja a opinião de André Franco, especialista da Empiricus, sobre o assunto.

Por Marina Gazzoni

13 maio 2021, 18:56

O bitcoin desabou nesta quinta-feira (13) e foi abaixo de US$ 50 mil. O estopim para a queda foi um tuíte de Elon Musk, CEO da Tesla, avisando que a montadora de carros elétricos voltou atrás e não aceitará mais bitcoin como forma de pagamento. 

O bitcoin chegou a cair cerca de 15% em 24 horas, para US$ 46.980 na mínima do dia, segundo dados da CoinMarketcap. Ao longo do dia, parte da queda foi revertida e o bitcoin voltou a superar o patamar de US$ 50 mil. Neste faixa de preço, o bitcoin ainda acumula uma alta de cerca de 70% em dólar em 2021.

O motivo alegado por Musk para vetar o bitcoin como forma de pagamento é que a mineração seria prejudicial ao meio ambiente. 

E o que pensa o André Franco, especialista em criptomoedas da Empiricus, sobre isso? Veja no vídeo abaixo:

Bitcoin é ruim para o meio ambiente?

Segundo André Franco, ainda não dá para cravar isso. Há informações diferentes na mídia sobre o assunto. O minerador tende a procurar lugares com custo de energia barato para poder atuar no ramo. Isso faz com que ele use combustíveis fósseis ou matriz energética renovável, o que for mais barato.

Não dá para ter certeza se a mineração de bitcoin usa energia renovável ou não. A mídia especializada, segundo André, estima que 75% da mineração de bitcoin usa fontes de energia renovável.

Seguir Musk ou ir na direção contrária?

André Franco chamou de “ruído” a afirmação de Musk. Ele diz que ainda não há clareza se o bitcoin é bom ou ruim para o meio ambiente – isso só vamos saber quando os estudos avançarem.

Ele diz que, no entanto, os fundamentos para o avanço do bitcoin e outras criptomoedas são sólidos. A revolução provocada pela tecnologia blockchain, que é o alicerce para as transações de cripto, pode mudar o mundo financeiro.

“Quem está vendendo agora desesperado está consumindo ruído e deixando o sinal passar. O sinal do bitcoin são 213% de ganho anualizado neste ativo. E muito provavelmente vamos ter outros ativos com ganhos maiores na próxima década. O blockchain é muito maior que isso. Estamos falando de um novo tipo de internet, um novo tipo de infraestrutura”, afirmou André Franco.

Essa revolução tecnológica tende a sustentar o bitcoin como um ativo financeiro e dar continuidade ao movimento de atração de capital instituicional para as criptomoedas, levando a uma alta de preços no médio a longo prazo. Entenda mais sobre o assunto aqui e ganhe um voucher de até R$ 100 para investir em bitcoin.

Efeito Musk nas criptomoedas 

Musk é um entusiasta de criptomoedas e seus tuítes costumam mexer com as cotações. Em fevereiro, ele anunciou que a Tesla investiu US$ 1,5 bilhão do seu caixa em bitcoin. A notícia foi um dos motores para a alta do bitcoin neste ano.

No último sábado (8), ele fez piada com a moeda Dogecoin em um programa de televisão e ela desabou cerca de 30% logo após o programa.

Outros tuítes favoráveis, como a informação de que a Tesla poderia aceitar o Dogecoin como forma de pagamento, deram combustível para altas da cripto. 

Vale lembrar aqui que André Franco colocou a Dogecoin na sua “blacklist” de criptomoedas, disponível para os assinantes da série Cripto Legacy. A seu ver, não há fundamento para ela.

Para saber mais sobre a tese de André Franco sobre critpomoedas, leia este artigo.

Sobre o autor

Marina Gazzoni

CEO do Seu Dinheiro. É CFP® (Certified Financial Planner). Tem graduação em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e MBA em Informação Econômico-Financeira e Mercado de Capitais no Instituto Educacional BM&FBovespa. Foi Diretora de Conteúdo e editora-chefe do Seu Dinheiro, editora de Economia do G1 e repórter de O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e do portal IG.

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