O ano de 2024 foi um grande avanço para o mercado de criptomoedas, devido à aprovação de EFTs do Bitcoin nos EUA. Para o analista da Empiricus Research, Marcello Cestari, 2025 pode ser ainda mais promissor para os ativos digitais.
Atrás do Bitcoin, Solana fica em 2º lugar no pódio de criptos de 2024
Além do BTC, outra moeda que brilhou aos olhos do mercado foi a Solana (SOL). Em entrevista ao programa Giro do Mercado nesta terça-feira (14), o analista afirmou que o ecossistema da moeda é muito positivo, acumulando no último ano altas de entrada de capital, de usuários e de transações. Assim, ela se tornou muito mais consolidada no mercado e mantém grandes potenciais no novo ano.
A Solana é uma “blockchain de layer 1”, o que a torna a grande concorrente do Ethereum. Cestari explica a relação entre elas com uma analogia: “é como se uma fosse a App Store e a outra a Google Store”.
Em 3º lugar, Cestari destaca o Ethereum. Apesar de ter desapontado o analista em relação ao seu desempenho, a estrutura e o olhar institucional que a moeda recebeu já fez seu ano ser positivo.
“Não só tivemos a criação de novos instrumentos para essa blockchain. Mas também, o investidor institucional de fato utilizando essa tecnologia, o que na minha opinião, é uma greenflag absurda quando você vai olhar em onde investir”, diz o analista.
2025: Trump acelera as criptomoedas, mas os juros ainda assustam
Segundo o analista, o cenário macroeconômico realmente tem influenciado o mercado de criptomoedas, o que consequentemente, pode gerar volatilidade, algo comum no setor. Os dados americanos são os que mais o afetam, como o corte de juro que quanto menor, menor a liquidez e maior o impacto no mercado.
“Porém, na visão ampla de 2025, isso não é algo que me assusta. A conjuntura do mercado vai sobressair desse possível problema do macro. Não sabemos o que o Trump vai fazer. Mas há esperança tanto para ele quanto para os políticos escolhidos que aparentam ser favoráveis”, explica Cestari
Qual o futuro do Bitcoin? É seguro ou preocupante?
Os três maiores fatores que podem afetar o Bitcoin em 2025 são, segundo o analista:
- As políticas de Donald Trump que podem não vir como o idealizado após sua posse na presidência dos EUA;
- Novos projetos de cripto que podem prometer muito, mas não entregar, o que pode desencadear uma queda na popularidade dos ativos;
- O macro em geral, principalmente a decisão que o Fed terá em relação ao corte de juros americano.
“Não há como ter certeza de nada, mas eu acredito que o Bitcoin possa chegar em um range entre US$ 150 mil a US$ 200 mil. Estamos em um bull market da moeda, então suas chances estão ainda melhores”, explica Cestari.
Quais as perspectivas para os fundos brasileiros?
O último ano também trouxe boas novidades para o Brasil, foram quase R$ 1,5 bilhão de captação de fundos. Ainda, Cestari explica que o país já é bem desenvolvido, pois possui uma grande quantia de ETFs. Com isso, o analista acredita que os fundos podem ser um bom caminho para expor seu portfólio às criptomoedas, por conta da dificuldade que é analisar este mercado.
No quadro abaixo, você confere a entrevista completa do analista Marcello Cestari no Giro do Mercado: