A manchete acima saiu na mídia uma semana atrás: “Warren Buffett diz que ainda teremos mais falência de bancos“. Pouco mais de dez anos atrás, a quebradeira dos “bancões” americanos foi socorrida por um Federal Reserve que não flertava com uma inflação arredia. Havia espaço para liberar crédito ao setor financeiro sob os diversos nomes recém-criados para as grandiosas linhas creditícias. O cenário agora, porém, é diferente.
A inflação americana (CPI) durante o resgate aos bancos em 2009
O primeiro trimestre do ano foi marcado por uma nova leva de bancos médios, como o SVB e o Silvergate, que, conforme a taxa básica de juros americanas subiu e a maré baixou, foram pegos nadando nus. Ainda em tempo sobre o que prenunciou o “oráculo de Omaha” (assim apelidaram Buffett) semana passada, os depósitos em bancos comerciais têm mostrado uma forte contração em relação ao ano anterior – em um ritmo que não se via há 50 anos. Resta responder: quando os bancos quebram, para onde vamos?
Depósitos em bancos comerciais (mudança percentual)
Os tradicionais diriam ouro. Entendemos que essa é uma opção razoável, historicamente aceita, e que se trata de um metal precioso usado em diferentes indústrias. Logo, possui um valor intrínseco de utilidade. Porém, o ouro tem uma clara desvantagem: dificuldade de manuseio e custódia própria. Já dizia a famosa frase do crypto twitter: “Bitcoin solves this.” (Bitcoin resolve isso). Você poderia investir em ouro via veículos tradicionais. Entretanto, além de a custódia não ser sua (estamos buscando eliminar os riscos de contraparte), o ouro se mostrou pouco reativo a crises em certos momentos (vide período do Covid).
Apesar de o momento que estamos vivendo ser crítico, acreditamos que estamos diante de uma oportunidade geracional. O Bitcoin, e em seguida, cripto em suas diversas instâncias, foi criado para sustentar um sistema em que o indivíduo possa ter o controle de seus ativos.
Uma nova crise, uma recessão, ou seja lá o que estiver vindo pela frente, será a prova de fogo para que o Bitcoin comprove o valor de seus fundamentos e, assim, conquiste o status de reserva de valor que acreditamos ter.
