Investimentos

Bitcoin supera US$ 29 mil: quais os melhores ETFs para participar das próximas altas?

Veja quais os três principais catalisadores da valorização de 8% do Bitcoin de um dia para o outro e por que pode vir mais bull market de cripto por aí.

Por Nicole Vasselai

21 jun 2023, 16:46 - atualizado em 21 jun 2023, 16:46

Alta do bitcoin BTC chega a US$ 30 mil
Crédito: Unsplash

Nesta quarta-feira (21), uma das notícias que mais chama atenção do investidor é a alta do Bitcoin, que rompeu os US$ 29 mil, com valorização de 8% só de ontem para hoje. Até três semanas atrás, a moeda amargava uma queda de mais de 7%.

“Essa alta deu um gostinho para os investidores de como funciona esse mercado. Quando a gente fala que cripto é muito volátil, é disso que estamos falando”, comenta Narriman França, analista de cripto da Empiricus Research, no Giro do Mercado desta quarta.

Quais os catalisadores da alta do Bitcoin e de outros criptoativos?

A analista explica que a valorização repentina está associada ao pedido da Blackrock, uma das maiores gestoras do mundo, para lançar um ETF de Bitcoin à vista, que aconteceu semana passada.

Aqui no Brasil, ela lembra, já existem ETFs que investem na criptomoeda à vista, os chamados spot, como o Hashdex (HASH11). A diferença é que nos EUA, onde surgiu o pedido de registro, até então só havia ETF de contratos futuros de Bitcoin.

Além disso, Narriman também cita o fato de ontem (20) a corretora EDX ter lançado um ETF de Bitcoin, ainda que com uma listagem muito limitada de ativos.

Todas essas novidades, somadas ao halving do BTC, programado para acontecer em 2024, são catalisadores para um bull market de cripto“, afirma a analista.

Basicamente, o halving é um evento programado que acontece a cada quatro anos e, nele a recompensa dos mineradores – usuários que fazem os blocos na blockchain do Bitcoin – é reduzida pela metade. Isso impacta diretamente a taxa de emissão do Bitcoin, já que ele tem uma quantidade limitada de ativos que podem ser gerados. Uma vez reduzida a oferta, a tendência é o preço do ativo subir.

E, como destaca Narriman, isso se torna um catalisador para a alta da moeda já agora, um ano antes do acontecimento, porque o mercado tende a antecipar esse movimento, que se intensifica ainda mais após o evento.

Inclusive, neste material aqui, a equipe de criptoativos da Empiricus Research recomenda outras 5 criptomoedas menores e mais distantes do radar da massa do mercado que podem valorizar com o crescimento da classe de ativos.

Mercado tradicional também tem apostado em produtos de cripto

A analista também adiciona à conta o fato de grandes empresas do mercado, como a própria Blackrock, demonstrarem interesse em criar produtos de criptoativos, dá força à classe de ativos.

“Isso é muito bom, até do ponto de vista regulatório, porque as empresas colocam uma pressão maior até mesmo nos Estados Unidos, na SEC [órgão regulador de valores mobiliários] em vez de reprimir esses produtos e não encontrar uma classificação para eles dentro da regulamentação que já existe”, explica Narriman.

Quais os melhores ETFs para começar a investir em cripto?

Para quem quer dar o primeiro passo nessa classe de ativos, a analista recomenda começar por ETFs já disponíveis no Brasil e com composição diversificada, ou seja, que invista em mais de um criptoativo.

Um exemplo citado por ela, além de HASH11 e QBTC11, é o CRPT11.

“Ele é uma ótima para quem está começando, porque ele é bastante diversificado. O ETF segue o índice Teva, composto pelos 20 criptoativos com maior capitalização. Mensalmente, essa carteira é rebalanceada se houver mudança na ordem dos ativos do índice, o que é muito importante para garantir a diversificação”, explica.

Dentre os ativos do CRPT11, ela conta, estão o Bitcoin, o Ethereum e ativos menores e menos conhecidos que provavelmente o investidor perderia a chance de conhecer e ter na carteira se não fosse pelo ETF. “E o mais importante é que ele exclui as memecoins – aquelas criptomoedas não levadas a sério no mercado, como a Dogecoin, Shiba e outras – e também as stablecoins, que têm paridade com as moedas fiduciárias”, acrescenta.

Para conferir a entrevista completa e entender melhor os fatores por trás da alta do Bitcoin, clique aqui:

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.