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Nas últimas semanas, a equipe de RI do BR Partners (BRBI11) tem conversado com investidores para atualizá-los sobre a piora recente das condições de mercado, o que inclusive pesou sobre os papéis.
Não que os anos de 2022 a 2024 tenham sido fáceis para o mercado de capitais, longe disso, mas a companhia conseguiu se esquivar do aumento de juros e da seca de IPOs com muita criatividade, diversificação e competência.
No entanto, o sentimento piorou tanto desde o anúncio do pacote fiscal que diversas operações da BR Partners foram adiadas.
Desafios da BR Partners são sentidos por múltiplas empresas
As emissões de dívidas caíram, já que de um lado poucas empresas estão dispostas a se financiar com taxas que podem chegar a quase 20%, e do outro menos investidores estão dispostos a encarar o risco de inadimplência das empresas neste ambiente desafiador.
Além disso, em entrevista recente, o CEO da BR Partners, Ricardo Lacerda, mencionou que muitas empresas já congelaram seus planos de investimentos, mais um fator que deve afetar as emissões.
Em investment banking, os fees de IPOs já tinham desaparecido. Mas também devemos começar a ver desaceleração em M&As, já que pioras de mercado repentinas tendem a aumentar a diferença entre os preços pretendidos por compradores e vendedores (compradores baixam o preço muito mais rápido que vendedores).
Por outro lado, esse mesmo ambiente se torna mais propício para reestruturações de dívidas (já há um pipeline importante se formando para 2025) e também devemos continuar observando crescimento na área de Wealth Management.
Apesar dessas novas avenidas ajudarem, diferente do que aconteceu nos últimos anos, se as condições permanecerem difíceis durante todo o ano de 2025, é improvável que elas consigam compensar a queda nos outros segmentos.
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BRBI11 ainda pode destravar operações e valorizar ações
Por outro lado, é sempre bom lembrar que as condições deste início de 2025 não necessariamente durarão por todo o ano, e o humor está tão ruim que qualquer alívio deveria contribuir para uma melhora relevante nas condições de mercado e destravar boa parte das operações que foram canceladas.
Além de um dividend yield de aproximadamente 10% nos patamares atuais, que ajuda no carrego, gostamos de lembrar que a BR Partners é uma das poucas empresas da última leva de IPOs que superou as expectativas e entregou tudo o que prometeu; não é uma piora momentânea das condições de mercado que mudará nossa visão de médio e longo prazo sobre a tese.
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