O banco de investimentos independente BR Partners (BRBI11) não só é um sobrevivente da onda de IPOs de 2021, como tem entregado crescimento desde então.
Enquanto grande parte das empresas que se lançaram na bolsa de valores há dois anos – quando a taxa Selic estava em 2% – estão na ‘corda bamba’, o BR Partners atravessou o momento apresentando resultados estáveis em meio à tormenta.
Neste contexto, o diretor-executivo do banco, Ricardo Lacerda, considera a companhia uma outlier.
“Já são 10 trimestres como companhia listada e ao longo desse período temos conseguido entregar resultado, mantendo uma rentabilidade alta, um alto nível de pagamento de dividendos e um bom nível de crescimento em quase todas as linhas de negócio”, afirmou em live que fez parte da celebração dos 14 anos da Empiricus.
Os resultados acima das expectativas no 3T23 reforçaram a boa gestão do banco, que tem se consolidado como uma tese quality dentro do universo das small caps.
“Passamos pelo momento mais difícil do ciclo, com um aperto monetário brutal e uma reversão daquele processo de financial deepening que estávamos vendo até o momento do IPO. Temos uma firma muito mais estruturada para capturar o próximo momento de mercado”, avaliou Lacerda.
BR Partners mira ROE de 25%
Olhando à frente, o diretor mira um retorno sobre patrimônio (ROE) – um dos principais indicadores do setor bancário – de 25%. No último trimestre, o ROE da companhia foi de 20,3%.
“É o ROE que acho ideal para o perfil de negócio que temos. Num momento de ciclo melhor e também podendo trazer as receitas das áreas nas quais a gente tá investindo no momento, vamos caminhar para esse ROE de 25%”, afirmou.
Lacerda classifica o banco como uma combinação de value investing com growth.
“Desde que começou, o BR Partners cresceu, na média, 24% ao ano suas receitas, mantendo uma rentabilidade por volta de 21% de ROE. É uma combinação muito boa de crescimento com rentabilidade. Óbvio que não é um crescimento totalmente linear, mas é, ao longo de 14 anos, de 24% na média”.
Companhia vê avenida de crescimento no segmento
Em setembro, a companhia criou uma nova área de gestão de fortunas. Segundo Lacerda, a ideia do banco é continuar aumentando o número de produtos ofertados aos clientes, “mirando o modelo de sucesso do BTG Pactual”.
“Nesse segmento não tem apenas um ganhador, quase sempre tem mais de um banco na mesma transação. Se a gente continuar crescendo na esteira de players líderes como BTG e XP, teremos um caminho de muito crescimento e rentabilidade, podendo multiplicar em muitas vezes o nosso valor de mercado”, apontou.
Na conversa com Felipe Miranda, Lacerda também comentou sobre a possibilidade de M&A, o follow on feito pela companhia recentemente, o modelo de negócio e as perspectivas para o futuro do BR Partners.
Assista a conversa na íntegra no player abaixo: