A internet não tem outro assunto desde o último sábado (31): a suspensão do X, antigo Twitter, no território brasileiro. O fim da rede social é resultado de uma “queda de braço” entre Alexandre de Moraes, ministro do STF, e o bilionário Elon Musk, que comprou o site em 2022.
O embate entre a empresa e a justiça brasileira se estende há pelo menos 4 anos com mandados para derrubar perfis na plataforma e investigações de notícias falsas.
O conflito “esquentou” na última semana e a plataforma de Musk foi derrubada após descumprir uma ordem judicial de Moraes, que exigia a nomeação de um representante legal da empresa no país.
No entanto, o tema estourou a bolha dos usuários do antigo Twitter. Alguns profissionais do mercado financeiro já estimam que essa decisão pode impactar, além dos fãs da rede social, até a bolsa brasileira.
O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, defende que essa briga gera uma preocupação séria e pode causar uma péssima imagem para o Brasil:
“Para investidores internacionais, isso transmite uma sensação de insegurança jurídica, o que é extremamente prejudicial. […] A percepção é realmente negativa”, afirmou.
Ou seja: o receio é de que haja uma fuga de dinheiro “gringo” da bolsa brasileira em meio às incertezas.
Quem tem visão semelhante à de Spiess é Bill Ackman, investidor americano com grande popularidade no mercado. Para ele, o Brasil pode se tornar um país não investível:
“A China cometeu atos semelhantes, levando à fuga de capitais e ao colapso nas avaliações. O mesmo acontecerá com o Brasil, a menos que eles recuem rapidamente desses atos ilegais”, disse Ackman.
Ainda assim, outros analistas destacam que os próximos meses têm fatores bem positivos que podem servir como gatilhos para o Ibovespa – entenda a seguir.
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Apetite do investidor estrangeiro voltou em agosto: veio para ficar ou o X pode mudar os planos?
O primeiro semestre de 2024 ficou marcado por uma forte saída de capital estrangeiro da bolsa brasileira. Porém, os meses de julho e agosto começaram a apresentar sinais de melhora no apetite “gringo”, com o aporte de R$ 3,5 bilhões e R$ 9,6 bilhões na B3, respectivamente:
Esses valores são um efeito da expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, que deve acontecer na próxima reunião do Fed, neste mês de setembro.
A analista Larissa Quaresma, também da Empiricus Research, acredita que essa retomada dos investidores estrangeiros nos últimos dois meses pode ser apenas o início da recuperação.
Para ela, existem três fatores que podem impulsionar a bolsa brasileira nos próximos meses:
- A queda dos juros nos EUA;
- Gabriel Galípolo pode aumentar a credibilidade do Banco Central; e
- Sinalização positiva da responsabilidade fiscal do governo.
Portanto, embora ainda não seja possível concluir quais devem ser os efeitos da briga de Musk e Moraes no Ibovespa, esses outros fatores podem ajudar a atrair mais dinheiro estrangeiro para a bolsa.
A analista tem perspectivas bastante positivas daqui para frente e destaca a importância de ter uma carteira de qualidade neste cenário: “se esperar muito, 137 mil pontos [patamar atual do Ibovespa] já terão ficado muito para trás”, afirmou.
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Ações preparadas para o contexto atual da bolsa brasileira – veja qual é o top 10
Enquanto o mercado discute as preocupações com a insegurança jurídica do Brasil, a analista Larissa Quaresma selecionou 10 ações que considera as melhores para o “que der e vier” no cenário atual da bolsa.
São papéis que estão sendo negociados abaixo do que valem, são de empresas de altíssima qualidade, com balanço saudável, alta rentabilidade, que estão em um bom momento operacional e têm projeções atraentes para os acionistas.
A analista escolheu apenas as ações que são capazes de “sobreviver” a diferentes percalços no Ibovespa e com potencial lucrativo bem interessante para surfar o otimismo dos mercados agora.
Dê uma olhada nos diferentes setores que fazem parte do portfólio:
A equipe de análise está liberando esse portfólio de forma gratuita para que qualquer investidor interessado saiba quais são os melhores ativos para comprar em setembro.
Ou seja: nem um centavo será cobrado para acessar o material que explica as perspectivas de Larissa Quaresma para a bolsa brasileira neste mês, além do nome e a tese de cada ação recomendada.
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