Na última sexta-feira (12), o BTG Logística (BTLG11) anunciou um novo acordo de compra e venda para alienação integral da sua participação no “Ativo SBC”, terreno onde ficava a antiga fábrica da Ford.
O imóvel, que ainda está em fase inicial de desenvolvimento, foi adquirido pelo BTLG11 em 2020 por um montante de R$ 176 milhões. Após pouco mais de três anos, o fundo optou por vender sua participação (25% do imóvel) por R$ 212,5 milhões, o que promove um ganho de capital de 20,5%. A compradora é a Prologis, gigante do setor logístico.
O montante será recebido da seguinte forma: i) R$ 25 milhões a título de sinal, a ser pago durante o primeiro mês; ii) três parcelas semestrais de R$ 62,5 milhões, sem incidência de correção monetária. O lucro por cota estimado na operação é de R$ 1,27.
O que achamos da venda da participação de BTLG11?
Em geral, o negócio não chama tanta atenção, tendo em vista que o ganho de capital foi inferior à inflação do período. Diante do longo processo de desenvolvimento do ativo, aliado à elevação dos custos de construção nos últimos anos, a gestão optou por direcionar os recursos para outros projetos.
Em nossa visão, diante do montante pago em 2020 e das recentes condições de mercado, realmente a viabilidade do projeto poderia ficar comprometida – lembrando que estamos tratando de um ativo com ABL potencial de 400 mil metros quadrados, o que exigiria elevado investimento e esforço comercial.
Como a gestão do BTG Logística possui um track record interessante na alocação de recursos, esperamos um bom redirecionamento do montante nos próximos meses, aliado a um reforço na distribuição de rendimentos pelo ganho de capital com a venda. Com um dividend yield próximo de 9%, as cotas do BTLG11 permanecem entre as recomendações da Empiricus Research.
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