Na terça-feira (7), o BTG Pactual (BPAC11) anunciou a aquisição de 100% da Julius Baer, uma das líderes no segmento de Wealth Management (Gestão de Patrimônio) do Brasil, com R$ 61 bilhões em ativos sob gestão.
A companhia pagou R$ 615 milhões pela aquisição, que integra a estratégia de expansão do segmento de Family Office do BTG – que passará a gerir mias de R$ 100 bilhões, incluindo a Julius Baer.
Portfólio do BTG Pactual mais completo
Enxergamos o movimento como positivo. A adquirida complementa o portfólio de produtos do BTG em Wealth Management, dando sequência a aquisições recentes de mesmo propósito (FIS Privatbank, M.Y. Safra e Sertrading).
Com a aquisição, o patrimônio sob gestão sairá de R$ 857 bilhões para R$ 918 bilhões (+7%) no Wealth Management do BTG.
Em momentos macroeconômicos difíceis, como tem sido o caso para as indústrias de fundos e gestão de patrimônio brasileiras nos últimos anos, é comum observar uma consolidação. Os players com mais solidez de balanço e capital disponível tendem a assumir o papel dos consolidadores, para saírem da crise maiores e mais fortes – justamente o caso do BTG. Esta aquisição não deve alterar significativamente os índices de liquidez e capital do banco, enquanto consolida sua posição de liderança, como um dos maiores gestores de patrimônio do Brasil na alta renda.
BPAC11 negocia a um múltiplo preço/valor patrimonial de 1,9x, e a um múltiplo preço/lucro 2025 de 7,5x, o que vemos como bastante atrativo para uma companhia desta qualidade.
Observação: o Grupo Empiricus é controlado pelo BTG Pactual, o que gera um conflito de interesse inerente a esta análise, cuja objetividade/independência pode ser reduzida.
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