O BTG Pactual (BPAC11)* divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre nesta semana, e chamou atenção pelo desempenho positivo, superando as projeções do mercado.
A performance do banco foi discutida no relatório mais recente da série As Melhores Ações da Bolsa, elaborado pelo analista Fernando Ferrer. Confira a seguir os destaques da publicação:
BTG tem receita e lucro recordes
O banco observou crescimento nas receitas de várias de suas divisões, com os setores de crédito e banco de varejo como os maiores responsáveis pelo êxito.
A receita consolidada do BTG Pactual teve um aumento anual de 56%, chegando a R$ 4,4 bilhões no 1T22, contra as expectativas do mercado que projetavam R$ 3,7 bilhões. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 2 bilhões, contra os R$ 1,7 bilhões previstos pelo mercado.
Na divisão de Corporate & SME Lending, responsável pela atividade de crédito, a companhia teve um crescimento de 5% em relação ao último trimestre. O destaque do período ficou com a carteira de direcionamento de crédito para pequenas e médias empresas (PMEs), que atingiu R$ 817 milhões, um incremento de 10% se comparado ao 4T21.
A vertical de Sales & Trading (englobando corretora e tesouraria) também teve resultados chamativos. Com um crescimento de 83% sobre o 1T21, o setor teve uma receita próxima de R$ 1,5 bilhão. Segundo o relatório de Fernando Ferrer, a companhia explica o sucesso da área pela maior atividade dos clientes do banco, somada à recente volatilidade do mercado.
BTG surpreende mesmo com alta dos juros
O único setor a apresentar desaceleração foi o de Investment Banking, responsável pela assessoria de fusões e aquisições (M&A) e de emissões no mercado de capitais. Esse resultado já estava previsto, e é explicado pela subida dos juros no país.
Mesmo com a alta dos juros o saldo é positivo para a BTG Pactual, que manteve as despesas sob controle e apresentou melhora de 2,5% no índice de eficiência.
A companhia, que é “uma tese completa do setor financeiro, oferecendo diversas frentes de serviços e soluções, além de apresentar lucros generosos já no presente”, segundo Ferrer, tem ações negociando a 11 vezes lucro com upside de 54%. O ativo compõe 8% da carteira da série As Melhores Ações da Bolsa.
*Disclaimer: conflito de interesse.