O Capitania Infra FIC FII Infra RFCP (CPTI11), fundo de debêntures incentivadas listado, abriu sua 5ª emissão de cotas no início deste mês. Esse é o quarto follow-on (oferta primária) do fundo.
De acordo com a Capitânia, o motivo dessa nova emissão é aumentar a liquidez no mercado secundário e a diversificação do portfólio (atualmente em 43 ativos).
Com o movimento, a gestora quer levar a exposição máxima por emissor para 5%, enquanto a exposição média ficará em torno de 2%, sendo este um limite gerencial (e não em regulamento).
A Capitânia possui mais de 20 anos de história e quase R$ 23 bilhões sob gestão, sendo R$ 5 bilhões representados por ativos de infraestrutura e metade disso em ativos enquadrados na Lei 12.431, ou seja, isentos de Imposto de Renda – a outra metade representada por não-isentos.
A casa foi uma das primeiras gestoras a lançar um fundo de debêntures incentivadas listado, o próprio CPTI11, em janeiro de 2021, entrando como recomendação na série Os Melhores Fundos de Investimentos em setembro deste mesmo ano. A equipe de crédito é formada por oito pessoas, capitaneada por Arturo Profili.
Detalhes da oferta-base da emissão
A oferta-base para a nova emissão é de R$ 302 milhões, com um lote adicional de R$ 75,5 milhões caso a demanda seja superior ao montante inicial. Segundo a asset, a expectativa é de uma captação entre R$ 250 milhões e R$ 310 milhões inicialmente.
O montante captado será utilizado para a aplicação em ativos nos seguintes setores (por sigilo, os nomes dos ativos dos emissores são ocultados durante a oferta):
A primeira coluna na tabela anterior apresenta o percentual do ativo no portfólio do fundo “Master V”, no qual será aplicado o valor captado na oferta e que integrará a alocação do CPTI11. A segunda coluna apresenta o percentual de cada respectivo ativo na carteira consolidada já integrada ao CPTI11 – ou seja, alguns dos ativos a serem adquiridos no mercado secundário já fazem parte do portfólio atual.
O carrego bruto da carteira de crédito do fundo antes da integração do novo montante é de IPCA + 8,45% e duration de 5 anos. Segundo a asset, caso ocorra a adesão à oferta-base de R$ 300 milhões, o carrego bruto da carteira aumentará para IPCA + 8,75%.
Repare que a maioria dos títulos que entrarão no portfólio (até a segunda semana de agosto) possuem menor duration – prazo médio ponderado de vencimento – e maior carrego que a média do portfólio atual.
O preço da oferta está em R$ 99,64 – valor está marginalmente abaixo da cota patrimonial do dia da oferta, de cerca de R$ 100 –, considerando a média de negociação a mercado do fundo dos últimos 120 dias em relação à divulgação, de R$ 97,41, somada aos custos de coordenação, distribuição, registro e marketing, de R$ 2,23, repassado aos cotistas.
Sobre esses pontos, a taxa de distribuição de 2,29% é compensada pelo deságio de 2,22% em relação ao preço de mercado do fechamento de ontem, de R$ 101,85. Além disso, considerando o valor da oferta abaixo da cota patrimonial, o carrego do portfólio do novo montante é superior à carteira atual do CPTI11, sendo benéfico mesmo aos cotistas que não aderirem à oferta – o que deu conforto à gestora para realizar a emissão, mesmo abaixo da patrimonial.
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Qual a sugestão da Empiricus Research?
Para os investidores que já possuíam cotas do CPTI11 e receberam o direito de subscrição sugerimos a adesão à oferta, para evitar a diluição e aproveitar o carrego atrativo do portfólio a ser incorporado com o novo montante. A data-limite para exercer a preferência é até o fechamento do mercado de amanhã, 21 de setembro, podendo negociar o direito de subscrição até o dia de hoje.
Aqueles que desejarem aderir à oferta de forma avulsa podem aplicar na oferta primária até a próxima segunda-feira, 25 de setembro. Confira a seguir todas as datas anunciadas no prospecto: