“O que um brinde infantil, 2600 Hz e o seu antivírus têm em comum?” Esta foi a pergunta curiosa que abriu o recente episódio do podcast Tech Riders. Apresentado por Pedro Carvalho, analista de tecnologia da Empiricus Gestão, o programa abordou a fascinante trajetória da segurança digital, destacando como os primeiros hackers e suas descobertas moldaram o campo da cibersegurança que conhecemos hoje.
A partir daí, o apresentador conduz os ouvintes em uma jornada pelo passado, explicando as origens do hacking e dos primeiros vírus de computador.
Hacking telefônico: o início de uma nova era de pensamento sobre interações com a tecnologia
Carvalho relembra que nos anos 1950, quando as ligações de longa distância eram caras, um grupo de curiosos descobriu que certos sons poderiam manipular o sistema telefônico, dando origem ao phone freaking: a arte de hackear linhas telefônicas.
Um dos personagens centrais dessa era foi John Draper, conhecido como “Capitão Crunch”, que, com um simples apito de cereal capaz de emitir sons na frequência de 2600 Hz, conseguiu realizar chamadas gratuitas para qualquer lugar do mundo.
Esse movimento inspirou figuras icônicas como Steve Jobs e Steve Wozniak, que, antes de fundarem a Apple, criaram suas próprias blue boxes, dispositivos que imitavam os tons do sistema telefônico, para explorar os sistemas de comunicação.
“O phone freaking não foi apenas o precursor do hacking de computadores, foi o início de uma nova era de pensamento sobre como a gente interage com a tecnologia que nos rodeia”, destacou Pedro.
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A transição para a era digital e a preocupação com a segurança de dados
Com a chegada dos anos 1960, as preocupações com segurança mudaram de proteger fisicamente os mainframes para garantir a integridade dos dados que eles armazenavam.
Em 1971, Bob Thomas desenvolveu o “Creeper”, o primeiro worm de computador – um malware capaz de se espalhar sozinho, sem interação humana -, que deixou a mensagem “Eu sou o Creeper, pegue-me se for capaz” nos dispositivos que infectava.
Logo após, Ray Tomlinson criou o primeiro antivírus, chamado “Reaper”, em uma tentativa de remover o Creeper da rede.
Esses eventos marcaram o início das batalhas cibernéticas que continuam até hoje.
Os primeiros vírus em sistemas pessoais e o nascimento das gigantes do mercado de antivírus comerciais
Nos anos 1980, o campo da cibersegurança evoluiu rapidamente. Pedro Carvalho destacou o caso de Rich Skrenta, que, aos 15 anos, criou o “Elk Cloner”, o primeiro vírus a infectar sistemas pessoais, surpreendendo os usuários de Apple II com um poema exibido ao ligar o computador.
A necessidade de proteção em larga escala levou ao surgimento das primeiras empresas dedicadas à segurança digital, como a McAfee e a Kaspersky Lab, que desenvolveram os primeiros antivírus comerciais.
A transformação da cibersegurança e as ameaças da inteligência artificial
Encerrando o episódio, Carvalho reflete sobre a evolução vertiginosa da segurança digital, ressaltando como a curiosidade e a exploração que motivaram os primeiros hackers acabaram se tornando a base das defesas que hoje protegem nossos sistemas.
“A segurança cibernética não nasceu da paranoia, mas da curiosidade”, comenta o apresentador, reforçando que os desafios da era moderna, como os ataques baseados em inteligência artificial, exigem uma constante adaptação.
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Tech Riders: um podcast para quem quer surfar a onda das inovações tecnológicas
Apresentado por Pedro Carvalho e com participação especial de João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, cada episódio leva os ouvintes em uma jornada pelo mundo das empresas mais inovadoras e estratégias de investimento no setor de tecnologia.
Inteligência Artificial, indústria de semicondutores e Nvidia (NVDC34) já foram temas abordados em episódios do Tech Riders, disponíveis para você neste link.