A Cielo (CIEL3) divulgou na última segunda-feira (31), após o fechamento da bolsa, os números referentes ao terceiro trimestre de 2022 (3T22), que vieram acima da expectativa do mercado.
Apesar de o volume total processado (TPV) ter crescido um pouco abaixo do esperado, a companhia mais que compensou esse efeito com a reprecificação das taxas cobradas e, também, com economias de custos.
O TPV teve crescimento trimestral nas duas divisões: tanto na Cielo Brasil (+23%) quanto na Cateno (+10%). Entretanto, esses crescimentos vieram abaixo da expectativa de mercado.
A companhia compensou esse efeito com o reposicionamento de preços realizado ao longo de 2022, assim como com uma maior representatividade do cartão de crédito nas transações (o que rende comissões maiores) e da antecipação de recebíveis para os comerciantes (o que gera receita de juros).
Com isso, o yield de receitas (% do TPV que vira receita líquida) foi de 0,73%, aumento trimestral de 0,02 ponto percentual. A receita líquida consolidada somou R$ 2,6 bilhões, crescimento trimestral de 24% em bases comparáveis.
Houve uma economia proporcional de custos e despesas, que cresceram abaixo da receita, em razão dos menores subsídios dados aos clientes na venda de maquininhas, além de melhorias logísticas que diminuíram as perdas de terminais.
CIEL3: EBITDA e lucro líquido consolidado crescem significativamente
Com isso, o EBITDA (lucro antes de depreciação, amortização, despesas financeiras e impostos) foi de R$ 1,0 bilhão, crescimento de 45% em bases comparáveis. A margem EBITDA foi de 38,2%, expansão de 15,2 p.p. sequencialmente.
O lucro líquido consolidado atingiu R$ 422 milhões, expansão de 99% contra o trimestre anterior. Na comparação anual, contudo, a última linha cresceu apenas 10%, em função do maior custo da dívida, que vem machucando o resultado financeiro. Esse resultado reforça a recuperação da Cielo (CIEL3) em direção a uma operação mais sadia e sustentável.
Confira a análise completa de Larissa Quaresma: