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Coelce (COCE5) segue bem tocada operacionalmente e tem resultado do 2T23 em linha com estimativas; confira

Confira como foi o desempenho da companhia no balanço do segundo trimestre e se vale a pena investir nos papéis da distribuidora de energia elétrica.

Por Fernando Ferrer

26 jul 2023, 09:27 - atualizado em 03 ago 2023, 16:02

Coelce (COCE5)
Reprodução/Divulgação: Coelce

A Coelce (COCE5), distribuidora de energia elétrica do Estado do Ceará e que atende uma população de cerca de 9,2 milhões de habitantes, divulgou seus números referentes ao resultado do 2T23, que vieram em linha com nossas estimativas.

No segundo trimestre de 2023, a companhia reportou uma receita líquida de R$ 2,1 bilhões, o que representa uma alta de 1,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e uma queda de 3,9% em relação ao 1T23. O crescimento na comparação anual é explicado principalmente pela revisão tarifária realizada recentemente e pelo aumento do consumo dos clientes classificados no mercado livre.

Pela ótica operacional, os indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), que medem a qualidade do fornecimento de energia do sistema de distribuição, apresentaram queda e ficaram novamente abaixo do limite regulatório, o que é positivo para a companhia.

Em termos de custos e despesas operacionais, houve uma alta de 5,1% na comparação anual, refletindo principalmente o aumento nos custos e despesas não-gerenciáveis, como energia elétrica comprada para revenda e encargos do uso do sistema de transmissão.

Com isso, o Ebitda da Coelce atingiu o montante de R$ 434 milhões, uma queda de 8,1% em relação ao 2T22. No acumulado dos últimos seis meses, a companhia apresentou um ebitda de R$ 865 milhões, uma alta de 4,7%, fruto principalmente do crescimento da receita líquida.

Do lado do resultado financeiro, a companhia encerrou o trimestre com uma despesa líquida de R$ 203 milhões, aumento de R$ 81,2 milhões em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Essa variação é explicada principalmente pelo aumento da Selic e pela atualização de provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas.

Por fim, a empresa apresentou um lucro líquido de R$ 70 milhões, uma queda de 64,9% na comparação com o 2T22, reflexo da queda do Ebitda, do aumento da despesa financeira e do crescimento da depreciação e amortização relacionado ao incremento na base de ativos em decorrência da revisão tarifária.

Bem tocada operacionalmente, o grande gatilho para o papel está relacionado com a possível venda da companhia pelo seu controlador, a Enel. Por ora, sabe-se que a Equatorial (EQTL3) e que a CPFL (CPFE3) estão interessadas no ativo e que a Enel deseja vendê-lo ainda neste ano. A Coelce (COCE5) segue como indicação da Carteira Empiricus.

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Sobre o autor

Fernando Ferrer

Graduado em Engenharia Mecânica pela UFRJ e com MBA em Finanças pela mesma instituição, Fernando Ferrer atua na Empiricus como analista de investimentos há 5 anos cobrindo os setores de Varejo, Saúde e Infraestrutura. Atualmente, é responsável pela série best-seller As Melhores Ações da Bolsa e faz parte da equipe que comanda o Carteira Empiricus, o portfólio multimercado que é o carro-chefe da casa.

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