Uma das grandes novidades que tivemos neste final de semana foi a antecipação do cronograma de vacinação contra Covid-19 no estado de São Paulo. Foi exatamente este um dos destaques da live semanal do Felipe Miranda, estrategista-chefe e CIO da Empiricus.
Sem dúvida, essa é uma notícia positiva em todos os sentidos e os investidores como você devem ficar atentos às oportunidades.
Essa live no Instagram (ofelipe_miranda), que acontece todos os domingos às 18h30, é uma forma super interessante de acompanhar as análises e recomendações do Felipe, que está à frente do relatório Palavra do Estrategista e que também lidera a carteira de ações Oportunidades de Uma Vida, que somente este ano acumula um retorno de quase 19%, muito acima do Ibovespa. Desde o início, em setembro de 2015, a rentabilidade é de 546%.
Além de falar sobre a reabertura da economia, ele comentou sobre a possível concorrência para a B3 e um ambiente mais favorável para as techs.
Além disso, Felipe está indicando Porto Seguro (PSSA3) e começou a estudar o case da Infracommerce (IFCM3).
Eu acompanhei tudo e aqui estão para você os melhores momentos:
Vacinação vai impulsionar cíclicos domésticos: atenção às incorporadoras
Neste domingo, o governo de São Paulo anunciou a antecipação em 30 dias do calendário de vacinas contra a Covid-19 e prometeu que, até o final de setembro, toda a população adulta do estado já terá recebido pelo menos a primeira dose.
Sem politizar a questão, Felipe Miranda ressaltou que essa é uma boa notícia para a saúde, para a economia e para o mercado. “Com isso pegam tração todos aqueles cases de reabertura, em especial de empresas com atividades em São Paulo destacadamente”, disse. E, de acordo com ele, estudos indicam que o país deve ter 56% da população vacinada até outubro.
Nesse sentido, é preciso ficar de olho em empresas de setores cíclicos domésticos que ficaram para trás. “Eu acho que as incorporadoras que tiveram os estandes fechados no primeiro trimestre começam a entrar em um melhor momento”, ressaltou na live.
Segundo o estrategista-chefe da Empiricus, a Mitre (MTRE3), que desenvolve edifícios residenciais de médio e alto padrão, está avançando nos seus negócios. A empresa deverá lançar o seu segundo empreendimento neste trimestre, depois de ter ficado parada nos primeiros três meses do ano.
A demanda é alta, tanto que o primeiro lançamento teve êxito total. Para se ter uma ideia, mais de 50% das unidades foram vendidas somente no final de semana de estreia.
Para investidores interessados, este é um bom ponto de entrada. O analista ressaltou que a ação segue barata, considerando que a gestão da incorporadora é eficiente e as operações estão arrumadas.
Ele contou que MTRE3 foi bastante castigada pelo mercado recentemente. Um dos motivos foi uma operação de swap que ela fez – comprada em suas próprias ações e vendida no CDI, o que gerou prejuízo no primeiro trimestre. Somado a isso, a gestora Capital, que tinha uma posição relevante em Mitre, decidiu vender grande parte dos papéis.
Direcional (DIRR3) é uma aposta defensiva
Felipe voltou a falar sobre a Direcional (DIRR3), especializada em empreendimentos residenciais para o público de média e baixa renda. A novidade é, na visão dele, que a empresa deverá ser novamente destaque positivo, após excelente resultado apresentado no primeiro tri. “Acredito que a prévia operacional nesse segundo trimestre, pelas minhas contas, vai trazer algo entre R$ 570 milhões e R$ 600 milhões em vendas líquidas”, afirmou.
Como a Direcional vendeu cerca de R$ 400 milhões em igual período de 2020, isso significa que as atividades estão em ritmo acelerado. “Poderemos ver um crescimento, ano contra ano, de 50%. Isso é nível de tech.”
Ele ressaltou ainda que se trata de um case defensivo para se ter em carteira. “A Direcional poderá pagar 15% de dividendos este ano. Isso se não for mais.”
As varejistas que estão voando
A carteira Oportunidades de Uma Vida já contava com as ações da Magazine Luiza (MGLU3) e do Grupo SBF (SBFG3), que é dono da rede de artigos esportivos Centauro e da operação da Nike no Brasil.
Este mês, Felipe incluiu a Lojas Marisa (AMAR3), varejista de moda. Conforme ele, a ação continua sendo negociada a um preço muito abaixo do seu valor intrínseco. “Gosto muito de Marisa, uma empresa que pega na veia a reabertura”, afirmou. Ela se beneficia especialmente com a retomada das atividades das lojas físicas nas ruas e nos shopping centers.
Em um relatório, ele chegou a destacar que vê um potencial de valorização de quase 90% para o papel. Apesar de parecer muito, representa um retorno da cotação ao patamar pré-pandemia.
Uma empresa pouco sexy que vale olhar é a Porto Seguro (PSSA3)
Uma seguradora que o mercado não tem dado muita bola, mas que agora vale a pena apostar é a Porto Seguro, segundo recomendação do Felipe.
“Ela não costuma ser muito sexy, mas acho que agora finalmente tem trigger (alto potencial de valorização). É uma ação que tem 5% ou 10% para cair, mas tem possibilidade de subir de 30% a 40%. Está na hora de montar uma pequena posição em PSSA3”, explicou. Essa ação é interessante principalmente para quem gosta de dividendos – também é uma alternativa mais defensiva.
Conforme ele, a Porto Seguro tem uma boa equipe de gestão, responsável pelo dinamismo da empresa, que vem inovando e diversificando as atividades. Por exemplo, em abril, ela adquiriu uma participação de 13,5% na Petlove. Desta maneira, as duas empresas uniram forças para explorar o mercado de seguros de saúde para cães e gatos, que é promissor no país.
Outro ponto que ele destacou é que a alta da taxa de juros costuma ser favorável para companhias de seguros de modo geral.
Novata na Bolsa em estudo – o case Infracommerce (IFCM3)
Ainda fora do radar da maioria a Infracommerce (IFCM3), com foco em soluções para e-commerce e Customer Experience as a Service (CXaaS), começou a ser estudada pelo estrategista-chefe da Empiricus. Ela é novata na Bolsa, realizou seu IPO no início de maio, captando R$ 870 milhões.
“Essa empresa fornece toda a infraestrutura para redes de comércio que querem se transformar em omnichannel. Realmente tem muita coisa a ser feita nessa cadeia”, comentou.
Para quem não está muito por dentro, omnichannel é interligação de diversos canais -lojas físicas, virtuais, aplicativos e redes sociais, com o objetivo de assegurar melhores experiências aos clientes.
“Se o fundador da Infracommerce conseguir fazer tudo o que ele pretende, poderá ter um crescimento de receita de 5 ou 6 vezes nos próximos anos”, destacou Felipe na live.
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A grande polêmica continua: a B3 terá concorrentes?
Para te situar melhor porque esse assunto veio à tona e antes de te contar a opinião do Felipe, eis aqui um pouco do contexto. Há muitos anos, agentes do mercado falam sobre a quebra do monopólio da Bolsa, a possível entrada de novos players – de fato, alguns tentaram, porém, isso não se concretizou.
Recentemente, a saída de José Berenguer, CEO do Banco XP do conselho de administração da B3 reacendeu as discussões. Inclusive, o JP Morgan destacou em relatório que o grupo de Guilherme Benchimol teria interesse em montar uma nova Bolsa e que Berenguer teria se afastado da B3 justamente para não ter nenhum tipo de conflito.
Essa é uma questão que tem várias interpretações, mesmo entre os analistas da Empirirus, destacou Felipe Miranda.
Porém, na avaliação dele, mais dia ou menos dia a B3 será, sim, “atacada” pela concorrência. “Isso vai acontecer, mas não acho que será uma super disrupção, não é nada disso, nem acredito em um movimento isolado da XP”, disse.
E acrescentou: “Se alguém me perguntar: vai disruptar a B3 a ponto de dividir esse mercado por dois? Eu acho que não, o que existe é muito barulho.”
Ele acredita que o surgimento de uma nova – ou de outras bolsas – poderia acontecer pelas bordas, de forma gradual. Por exemplo, uma corretora poderia lançar um RLP (Retail Liquidity Provider), atuando como contraparte das negociações de compra e venda de ações ou outros ativos negociados em bolsa. Assim, iria fomentando esse negócio até se tornar realmente uma bolsa, com uma estrutura mais robusta.
Outro caminho apontado por ele é a evolução das bolsas de criptomoedas, que já são dotadas de tecnologias muito avançadas e poderiam passar a negociar outros ativos.
Em meio a todo esse debate polêmico, ele comentou que as ações da B3 estão bastante baratas, incorporando em grande medida essa perspectiva de concorrência. “Eu tenho posição de 3,5% em carteira e não pretendo mudar”, avisou Felipe, referindo-se ao portfólio Oportunidades de Uma Vida.
Segundo ele, esse é um mercado em crescimento e, mesmo com possíveis entrantes, a B3 deve seguir com participação relevante por muito tempo. E a concorrência seria benéfica para a própria B3, pois ela teria que promover melhorias tecnológicas.
Techs sob os holofotes novamente – mas com critério
As techs apanharam muito no primeiro trimestre quando o yield dos treasuries – títulos do Tesouro americano considerados uma importante referência global – saíram de 0,9% e chegaram a 1,77%. Algumas instituições como o Goldman Sachs chegaram a projetar altas entre 2,15% a 2,25%. Então, se intensificou a preocupação com as techs, cases de crescimento que são negativamente afetados por taxas de juros maiores. De modo geral, empresas de tecnologia sofreram nas bolsas e houve busca por ações de produtoras de commodities.
Agora, segundo Felipe, esses treasuries estão operando no momento em torno de 1,50%, mesmo com a divulgação da alta de 0,6% do Índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI) em maio ante abril. Na comparação anual, o CPI aumentou 5% em maio. A taxa de juros está relativamente estável porque o entendimento de agentes de mercado é que a inflação subiu bastante em função da demanda por alguns produtos como passagens aéreas e automóveis, que tinha ficado represada na pandemia. Portanto, trata-se de uma situação passageira e não de um movimento que alimente a elevação significativa de preços de forma estrutural. Por sua vez, o Fed, banco central americano, está com uma interpretação da inflação nessa linha.
“A vacinação contra a Covid o arrefecimento das taxas de juros permitem que as techs andem bem mais uma vez. Mas é importante a seletividade e não acho que é para comprar muita coisa”, comentou.
Falando sobre as companhias de tecnologia que foram listadas há pouco tempo B3, o estrategista-chefe da Empiricus alertou: “Essas empresas têm que entregar o que prometeram no IPO, devem entregar crescimento consistente. Não adianta acharem que o mercado não vai cobrar, ele cobra e é contundente.”
Entre as novatas na Bolsa, a favorita do Felipe é a Méliuz (CASH3), empresa especializada em cashback que também está avançando em variados serviços financeiros por meio de aquisições. “Se for para escolher apenas uma ação entre essas novas techs na B3, eu recomendo a Méliuz. Já se você estiver pensando em uma carteira diversificada com o racional de um fundo de private equity, pode selecionar também dentro desse grupo Enjoei (ENJU3), Neogrid (NGRD3) e Mosaico (MOSI3)”, indicou o Felipe.
A Enjoei é uma plataforma de e-commerce de roupas de segunda mão, um brechó virtual. Por sua vez, a Neogrid oferece soluções para a gestão automática da cadeia de suprimentos e a Mosaico é a dona dos sites de buscas e comparação de preços Buscapé, Zoom e Bondfaro.
Para investir bem, precisamos estar munidos de informações e análises de qualidade. Por isso, acompanhar a live do Felipe Miranda no Instagram dele (ofelipe_miranda) aos domingos às 18h30, é uma forma de começarmos bem todas as semanas.
Você sabia que o Felipe e os analistas da Empiricus têm entregado resultados excelentes? Em maio, por exemplo, todas as carteiras de ações da maior casa de análises do país superaram o Ibovespa, com rentabilidades que chegaram a 10,4% em um único mês.
Portanto, para mim, parece até ilógico continuar investindo por conta própria com toda essa equipe que estuda profundamente as empresas e os movimentos de mercado à disposição.
E o melhor é que você pode experimentar o Palavra do Estrategista ou qualquer outra série da Empiricus gratuitamente por sete dias. Então, vale a pena conhecê-las – certamente, você irá gostar.