O movimento dos mercados globais segue no ritmo de alta dos títulos do Tesouro Americano (Treasuries), e o nível de juros reais americanos retoma patamares históricos. Mesmo com a alta do preço do petróleo, que impulsiona a inflação implícita de curto prazo, a alta dos Treasuries oferece níveis de juros reais extremamente atrativos nos EUA.
No gráfico abaixo, é possível ver que estamos no maior patamar de juros reais da última década.
Como consequência, esse movimento tem levado ao aperto das condições financeiras em todo o mundo. Na prática, esse movimento atua com um freio à atividade econômica, uma vez que o custo de financiamento passa a ser impraticável para diversas empresas, ou ao menos, posterga planos de investimento e atividades intensivas em capital.
Por isso, o mercado tem colocado em xeque o discurso mais duro dos bancos centrais. Na Europa, por exemplo, temos visto a redução das apostas na continuação do ciclo de alta de juros e a antecipação do início do ciclo de queda. Esse movimento indica que os agentes de mercado veem uma crescente probabilidade de uma recessão no início do ano que vem, o que constrangeria novas altas de juros, a despeito da inflação acima da meta.
Aqui no Brasil, o “orçamento” de corte de juros do Banco Central também é tecnicamente limitado pelo patamar de juros dos títulos do Tesouro Americano. Isso ocorre porque uma continuidade da redução do diferencial de juros entre as economias levaria a uma desvalorização rápida do Real em relação ao dólar americano. Além de impopular, o enfraquecimento da moeda afetaria as expectativas de inflação. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, na última quinta-feira (28), que a barra está mais alta para a aceleração do ritmo de corte de juros.
Em termos de alocação, contudo, temos visto novamente diversas oportunidades de compra em títulos de renda fixa. Mesmo mantendo o ritmo atual de corte de juros, o mercado precifica hoje um juro real neutro 1% acima das estimativas da autoridade monetária. Isso significa que há uma discrepância de cerca de 100 pontos-base entre os preços praticados e o patamar que o Banco Central tem em vista para os juros de curto prazo.
Dado que continuamos vendo uma inflação mais benigna do que a mediana das estimativas dos economistas, ainda preferimos títulos prefixados de curto prazo.
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Veja o cardápio de títulos de renda fixa recomendados nesta semana
Características do CDB prefixado do Banco Pan | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: AAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 03/10/2024 (366 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 11,55% |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 17h |
Características do CDB prefixado do Paraná Banco | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAA+ |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Paraná Banco |
Aplicação mínima | R$ 100 |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 30/09/2024 (361 dias corridos) |
Rentabilidade líquida | 11,76% ao ano |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Características do LCA prefixada do Banco Daycoval | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAA+ |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Daycoval |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | R$ 500 mil |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 28/03/2025 (542 dias corridos) |
Rentabilidade líquida | 10,75% ao ano |
Tributação | Isento |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
A LCA do Banco Daycoval é equivalente a uma taxa bruta de 13% ao ano.
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