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Depois de fechar em 2024 com queda de -5,89%, o Ifix – principal índice de referência de fundos imobiliários – também começou o ano de maneira pouco animadora para os investidores.
Ao contrário do Ibovespa, que subiu quase 5% em janeiro, o índice de FIIs encerrou o primeiro mês de 2025 com uma baixa de -3,06%.
O analista de fundos imobiliários e responsável pela carteira mensal de FIIs da Empiricus, Caio Araujo, comentou sobre as oportunidades nesse mercado em meio à volatilidade nos últimos meses.
Quais podem ser os gatilhos para os FIIs em 2025?
Para Araujo, 2025 deve mesmo ser um ano de muita volatilidade para os fundos imobiliários. Ele ainda afirma que o mercado de investimentos antecipa muitos acontecimentos. Por isso, as cotas dos FIIs, em especial os de tijolo, sofreram no segundo semestre do último ano com as expectativas de alta na Selic.
“Boa parte dessas elevações já estão precificadas nas cotas, tanto que os fundos começaram a cair antes do BC elevar a taxa Selic. Hoje, quando olhamos os principais indicadores de múltiplos dos FIIs, encontramos esses valores nas mínimas históricas”, explicou o analista no programa Giro do Mercado, do portal Money Times.
Araujo comentou ainda que, nas últimas semanas de dezembro, houve um “estresse exagerado” nas cotas dos fundos imobiliários.
Por consequência, foram criadas oportunidades de compra que alguns investidores conseguiram aproveitar para adquirir ativos de qualidade a preços super atrativos.
Segundo o analista, existem dois gatilhos que o fazem acreditar que uma janela de alta para os FIIs pode se abrir em breve.
- A proximidade de uma mudança no cenário eleitoral (como abordado, o mercado antecipa as tendências); e
- Um eventual término da sequência de altas da Selic.
O analista adverte, porém, que, apesar da oportunidade e dos preços atrativos, é necessário paciência e uma visão de longo prazo.
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Araujo acredita que os investidores devem focar em estratégias de qualidade envolvendo tanto fundos imobiliários de tijolos quanto de crédito.
Nesse último grupo, um dos segmentos “excessivamente castigados” foram os fundos de crédito high grade ligados ao IPCA.
“Há fundos com carteira de qualidade que são oportunidades para o longo prazo, como os FoFs e hedge funds”, diz o analista.
Pensando nisso, o analista incluiu o Mauá Capital Recebíveis (MCCI11) na carteira de top picks para fevereiro.
O fundo de crédito imobiliário possui uma carteira high grade e está com desconto sobre o valor patrimonial na casa de 16%.
Além das cotas baratas, o analista afirma que o MCCI11 tem espaço para aumentar a distribuição de proventos ao longo do ano – principalmente, no segundo semestre.
Mas o MCCI11 não é o único FII que une desconto nas cotas e bom potencial de dividendos: o analista selecionou outros 4 fundos imobiliários que considera serem os melhores para comprar agora.
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