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Como as mudanças propostas na revisão do Plano Diretor de São Paulo impactariam as incorporadoras?

Texto de revisão do Plano Diretor de 2014 será votado na próxima quarta-feira (31) e propõe importantes mudanças para o setor imobiliário; Caio Araujo, analista da Empiricus Research, avalia possíveis alterações

Por Nicole Vasselai

29 maio 2023, 15:45 - atualizado em 29 maio 2023, 15:48

Como o novo Plano Diretor de São Paulo pode impactar as ações de incorporadoras?
Imagem: Unsplash

A revisão do novo Plano Diretor de São Paulo é a pauta do ano para o setor imobiliário. Na última terça-feira (23), o relator da revisão, o vereador Rodrigo Goulart (PSD), apresentou seu relatório. Basicamente, o texto propôs importantes alterações na forma de construir na capital paulista.

A votação das novas regras ocorre na próxima quarta-feira (31).

“Basicamente, o plano diretor é um mecanismo importante para desenvolvimento de determinadas regiões, seja uma via comercial ou residencial de uma região”, contextualiza Caio Araujo, analista da série Renda Imobiliária, na Empiricus Research. “A revisão do plano, que começou em 2014, é importante do ponto de vista de urbanismo e do ponto de vista econômico paras incorporadoras”.

Caio também observa que, hoje, já existe um estímulo da prefeitura para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários em regiões de eixo de transporte, próximas de estações de metrô e trem e de corredores de ônibus. “Por exemplo, na zona oeste da cidade houve um crescimento grande de prédios nos últimos anos, principalmente na região de Pinheiros e Butantã”.

Novo plano diretor de São Paulo: o que muda no setor imobiliário se a revisão for aprovada?

Entre as principais mudanças a serem aprovadas na próxima quarta (31) está a ampliação de área disponível para prédios de alta metragem, em áreas consideradas eixo de transporte. “O raio atual de 400 a 600 metros para as estações pode passar a ser de 1 km, e o raio de 125 metros para corredores de ônibus iria para 225 metros”, explica Caio.

Nessas áreas, seria possível construir prédios sem limite de altura, aumentando o coeficiente de aproveitamento – quanto se pode construir, em relação ao tamanho do terreno.

Segundo o analista, isso se traduz na flexibilização de lançamentos para o mercado imobiliário no médio prazo.

Por outro lado, pode significar uma leve retração no estímulo de construção de studios – apartamentos de até 30 m².

Esses são apenas alguns destaques trazidos pelo especialista.

Para entender a fundo como as incorporadoras podem ser impactadas diante dessa possível revisão do Plano Diretor, assista a fala de Caio Araujo a seguir:

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.