As Big Techs nos Estados Unidos consolidaram o setor de tecnologia como um dos mais promissores após um recente boom que surpreendeu o mercado mundial com a divulgação de resultados das principais empresas do segmento.
A Nvidia, por exemplo, se destacou como uma das três empresas mais valiosas de Wall Street e atingiu o posto de segunda maior companhia de tecnologia do mundo. A empresa superou a Apple, após uma valorização de mais de 89% e acumulando retornos de até 140% em 2024.
Além disso, a Bolsa de Nova York (NYSE) tem registrado altas recorrentes e sobe 7% no ano, assim como o índice Nasdaq, composto pelas techs, que dispara 16% em 2024.
O próprio S&P 500, composto por 500 ações presentes na NYSE e na Nasdaq, valoriza mais de 12% no ano.
A maré boa das big techs pode não durar para sempre
Apesar de todo o otimismo demonstrado pelas Bolsas Americanas, Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, chama atenção para um fator importante: “Boa parte da alta do S&P 500 veio da valorização de Nvidia, então no momento que esse papel cair, a tendência é o índice despencar também”.
Ele ainda especifica que, no caso da Nvidia,“a expectativa de receita veio acima do que o mercado esperava, mas desde então você vê a ação se desvalorizando em 20%”.
E também relembra quedas da ação: “No passado recente, a Nvidia chegou a cair 50% em 2021 e em 2024, no final de abril, caiu 20% das máximas em poucos dias, então agora é um papel arisco”.
Pensando nisso, Pacheco defende uma posição equilibrada, neste momento, em BDRs (papéis de ações internacionais negociados na B3) e recomenda evitar muita concentração no setor de tecnologia.
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Em quais outros setores da economia americana investir agora?
Segundo o analista, “em um cenário onde empresas de tecnologia podem seguir dominando, nada impede também que outros setores se destaquem ainda mais”.
Por isso, a carteira de BDRs recomendada por ele para junho é composta 50% por ações do setor de tecnologia, que não deixam de estar em um excelente momento, e 50% por papéis de empresas sólidas de setores ligados à chamada “velha economia”, como companhias de energia e fabricantes de peças de automóveis.
Um exemplo é a Autozone (AZOI34), uma empresa de autopeças que já estava na carteira recomendada, conta Pacheco: “Os resultados operacionais dela não vieram espetaculares, mas a companhia tem um controle muito grande sobre o negócio”.
Mesmo depois de recomprar muitos papéis, a ação sofre uma queda, na visão do analista, injustificada, dada a qualidade da empresa. Por isso, reforça a recomendação de compra neste mês, aumentando a posição de AZOI34 no portfólio de BDRs da Empiricus Research.
Além de Autozone, confira outros 9 BDRs para investir agora
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