Nesta semana foi resolvido um embate antigo entre a Oi e os compradores de seus ativos móveis – Telefônica Brasil/ Vivo (VIVT3), Tim e Claro – sobre o valor da aquisição da rede.
Na época, foi definido que a Oi receberia R$ 15,9 bilhões, dos quais R$ 1,4 bilhão ficariam em posse dos compradores para futuras análises e possíveis contestações sobre a qualidade dos ativos e dos números.
Desde então, as três operadoras encontraram uma série de inconsistências e chegaram a pedir uma redução de R$ 3 bilhões para a Justiça.
Nesta quarta-feira (4), todas as partes chegaram a um acordo: daquele R$ 1,5 bilhão separado inicialmente, metade seria enviado para a Oi, e a outra metade voltaria para os bolsos da Vivo, Tim e Claro.
A parte da Vivo ajustada pelo CDI do período resultará em uma reversão positiva no resultado (provavelmente já no 3T23) de R$ 277 milhões, o que vai ajudar o lucro líquido da companhia e, consequentemente, os dividendos.
É claro que o montante não é muito relevante – estamos falando de um acréscimo de 0,2 ponto percentual no yield após os impostos. Por outro lado, é mais uma boa notícia envolvendo remuneração dos acionistas após o anúncio de redução de capital, que deve incrementar o yield em 2,5 pontos percentuais nos próximos dois anos.
Além disso, coloca ponto final numa novela que poderia se arrastar por muito mais tempo e, inclusive, atrasar alguns projetos de investimento da companhia.
Não é uma novidade transformacional. Mas, em um momento no qual o macro está pesando sobre os ativos, melhorias marginais são muito bem-vindas.
Além de Vivo (VIVT3), gostamos de outras 4 ações para buscar dividendos. Confira quais são neste relatório gratuito.