“Quando pensamos em small caps, o cenário é de abandono“. Foi com esta afirmação que Rodolfo Amstalden abriu o jogo sobre o atual cenário econômico do país, em reunião recente e exclusiva com os participantes do Clube de Multiplicação Patrimonial.
Este é um grupo fechado, tanto presencial quanto online, para que interessados nas melhores oportunidades de mercado tenham acesso direto aos convidados para buscar as melhores soluções para seus negócios.
Neste último encontro, Rodolfo Amstalden (sócio-fundador da Empiricus) e Ruy Hungria (analista de investimentos da Empiricus), trouxeram uma análise aprofundada acerca de small caps – ações de até R$ 10 bilhões de valor de mercado e em fase de crescimento.
O conteúdo abordado foi de tamanha importância, que resolvemos compartilhar os principais pontos dessa conversa para o maior número de pessoas possível, através deste artigo.
Continue esta leitura para entender melhor sobre o momento atual da economia do país e descubra, com exclusividade, se esta é a melhor hora para investir em small caps.
Se o Ibovespa está barato, as small caps estão ainda mais
Em 2024, a volatilidade dos mercados tem impactado não apenas o Ibovespa, mas praticamente todos os índices da B3. Muito disso ocorre em razão de um cenário interno tumultuado, marcado por incertezas fiscais e oscilações nas políticas governamentais.
Além disso, a macroeconomia global adiciona uma camada extra de instabilidade, perturbando ainda mais o mercado como um todo. Nesse ambiente desafiador, pode-se afirmar que as small caps sofrem grandes impactos.
Afinal, diferentemente das empresas de grande capitalização, ou large caps, as small caps são ativos mais arriscados, justamente por serem mais vulneráveis aos juros altos e a qualquer tipo de evento adverso, tornando-as extremamente sensíveis às flutuações do mercado.
Conforme explica Rodolfo Amstalden, atualmente essas ações de menor valor de mercado sofrem não apenas pelo juro alto e pela apatia do mercado, mas também por um efeito de iliquidez muito aprofundado. Em suas palavras:
“As small caps tipicamente não têm liquidez. O institucional não consegue comprá-las, o investidor estrangeiro, muito menos. Portanto, quando consideramos o contexto atual – em que o mercado brasileiro está ilíquido como um todo – as small caps acabam ficando ainda mais abandonadas.“
Para ilustrar o atual cenário, Rodolfo Amstalden trouxe um exemplo bastante recente, em que uma empresa de altíssima qualidade passou por um pregão e viu suas ações caindo 5%.
Neste caso, entretanto, nada de grave aconteceu a justificar tal resultado. Ainda assim, por iliquidez, a consequência foi uma queda acentuada do valor da ação.
Diante disso, o grande diferencial enquanto investidor está em perceber a oportunidade que está na mesa. Conforme afirma Rodolfo Amstalden, as small caps merecem uma atenção especial. Em suas palavras:
“São justamente ocasiões como essa que permitem que você comece a montar uma posição a preços muito favoráveis, tendo em vista que a liquidez está baixíssima.”
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Quero montar minha posição em small caps. Por onde começo?
Investir em small caps pode proporcionar oportunidades significativas de crescimento devido ao potencial de valorização dessas empresas menores. No entanto, é crucial reconhecer e gerenciar os riscos inerentes a esses ativos.
Como mencionado, empresas de menor porte são mais suscetíveis às flutuações do mercado e a eventos econômicos adversos – o que pode resultar em uma maior volatilidade.
Além disso, a atual instabilidade econômica e as incertezas fiscais tornam a alocação de recursos ainda mais desafiadora.
É justamente por isso que casas de análise como a Empiricus Research têm revisado e ajustado suas carteiras de small caps com maior frequência, para melhor se adaptar às condições do mercado e proteger os investimentos de seus clientes.
Isso demonstra a necessidade de uma gestão ativa e criteriosa para maximizar os retornos e mitigar os riscos associados a essas empresas.
Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, afirma que a carteira de small caps da casa se destaca justamente por ter um nível de diversificação relativamente baixo em comparação ao que o mercado costuma trabalhar.
Isso se justifica porque “o nível de confiança com as companhias recomendadas é muito alto, o que traz a vantagem de conseguirmos nos concentrar em poucas empresas”, afirma Ruy Hungria.
Por isso, seguir as recomendações de casas especializadas como a Empiricus Research tende a ser a melhor estratégia para quem busca começar a comprar esses papéis, aumentando as chances de bons retornos.
Além disso, conforme explicação de Ruy Hungria, a determinação de um melhor setor não se aplica tanto na hora de definir as recomendações.
Observadas as particularidades e tendências do setor, a partir disso, a análise da Empiricus Research é muito mais focada na empresa em si. “No fim do dia, a gente prefere uma empresa boa em um setor ruim, ao invés de uma empresa ruim em um setor bom”, afirma Ruy.
Conforme explica, hoje a diversificação recomendada pela casa inclui uma ação do setor financeiro, uma do setor de estacionamentos, uma da indústria moveleira e outra do setor de provedoras de internet, que foram escolhidas em razão da qualidade das companhias – e não especificamente pelo setor em que atuam.
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Dica de ouro: a melhor forma de alocar ações de menor valor de mercado na carteira
Estrategicamente, para quem busca investir em small caps, Rodolfo Amstalden recomenda dedicar uma parte da carteira para um risco maior, sob menor liquidez, justamente porque pode trazer um resultado bastante expressivo.
É justamente aqui que as small caps se tornam uma opção interessante, com um detalhe importante. Nas palavras de Rodolfo, “o segredo está na dosagem“. Conforme explica:
“Você obviamente não pode colocar metade do seu patrimônio em small caps. Considerando as suas alocações de ações, nós da Empiricus Research recomendamos que você tenha 10% a 30% em small caps.“
O ponto de atenção está justamente em compreender que não se trata de investir de 10% a 30% do todo, mas sim do seu portfólio de ações. Quanto mais perto dos 10%, mais conservador. Quanto mais perto dos 30%, mais agressivo. Ainda assim, dentro de um percentual bastante prudente para este tipo de ativo.
Isso se deve pois, conforme visto, as small caps costumam apresentar liquidez mais baixa, o que as deixa sujeitas às questões de fluxo de investimentos. Desta forma, convém não alocar uma quantidade excessiva de recursos, dados os riscos inerentes a esse tipo de ação.
Ainda assim, resta evidente que as small caps são, de fato, uma oportunidade bastante interessante de investimento — a chave é saber escolher quais ações comprar e estar sempre atento à evolução dos negócios e das variáveis macroeconômicas associadas a cada uma das companhias.