Afinal, o IPCA-15 divulgado pode influenciar o Banco Central na próxima reunião de decisão dos juros? Nos dados, houve uma desaceleração da taxa de inflação, para 0,59% em maio, queda de 1,14 ponto percentual frente ao mês anterior.
O principal item que ajudou nesse resultado foi a tarifa de energia elétrica, com queda de 14,09%. Por outro lado, itens como produtos farmacêuticos, após o ajuste de 10,89% no mês, além das passagens aéreas, foram as principais contribuições positivas.
De forma geral, já se observa a desaceleração dos principais itens da cesta de consumo, como alimentação e bebidas, habitação e transportes, corroborando o cenário de menores pressões inflacionárias ao longo dos próximos meses.
Neste sentido, ainda que a inflação corrente mostre pressões de itens isolados, ao considerarmos as expectativas de inflação para os próximos 12 meses, período em que a atual taxa de juros, a Selic, terá seus efeitos, me parece que o caminho para mais uma alta de 0,50 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano, seja suficiente para ancorar as expectativas.
Porém para o investidor o que interessa é que a partir de agora, ao tratarmos sobre inflação e Selic, a pauta parece ter mudado de mais altas na taxa de juros para a manutenção da Selic no ciclo terminal por um tempo maior durante 2022 e 2023.