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Considerada ‘generosa’, a previdência brasileira é uma das menos sustentáveis do mundo; entenda por que a sua aposentadoria não deve depender do INSS

O estudo constatou que a previdência brasileira paga mais do que deveria aos atuais aposentados e põe em risco a aposentadoria de futuros beneficiários

Isabelle Santos

Por Isabelle Santos

26 out 2023, 16:10 - atualizado em 26 out 2023, 16:10

Previdência privada

A previdência brasileira é uma das piores do mundo, segundo estudo realizado pelo grupo Allianz. A pesquisa avaliou 75 países e o Brasil ficou na 65ª posição. 

Falar que o sistema previdenciário do Brasil não é dos melhores não é nenhuma novidade para o trabalhador. Entretanto, talvez você não saiba exatamente por quais motivos a pensão pública brasileira é considerada ruim. 

De acordo com o relatório “Global Pension Report 2023”, produzido pela Allianz, o principal problema da previdência brasileira está relacionado à sustentabilidade

No nosso sistema previdenciário, a força de trabalho é quem paga a pensão dos atuais aposentados. Contudo, o crescimento da população não é suficiente para atender os que estão envelhecendo

De acordo com a pesquisa, “o nível recorde de baixa natalidade na China, Itália e Brasil apontam para a possibilidade de que as taxas de fecundidade poderiam permanecer permanentemente abaixo do esperado e acelerar ainda mais o envelhecimento da população”. 

Ou seja, é provável que não haja contribuintes suficientes para garantir a aposentadoria de novos pensionistas. O estudo ainda considerou a previdência brasileira como uma das mais generosas do mundo. 

Para os autores da pesquisa, uma taxa ideal de pagamento de pensão deveria ser entre 40% e 60% de um salário médio, enquanto que aqui no Brasil esta taxa gira em torno de 89%, isso mesmo após a reforma em 2019. 

Entretanto, por mais que o governo tente garantir o máximo possível de benefícios a geração atual de pensionistas, o fato é que está cada vez mais difícil garantir uma boa aposentadoria por meio do INSS

SAIBA COMO PODER SE APOSENTAR SEM DEPENDER DO INSS

Em 2022, apenas 778 beneficiários recebiam o teto da previdência

Em 2022, o teto da previdência social era de R$ 7.087,22. Contudo, dos 36 milhões de aposentados do INSS, apenas 778 beneficiários recebiam o valor máximo. 

Por outro lado, a aposentadoria de 64% dos segurados era de apenas um salário mínimo. Acontece que, conseguir uma boa aposentadoria no sistema previdenciário brasileiro não é tão simples. São muitas regras e cada caso tem suas particularidades. 

Mas é fato que a chance de receber o teto ficou menor após a reforma da previdência, aprovada em 2019.

Como disse, existe uma série de regras para definir o valor final da aposentadoria de uma pessoa, mas este exemplo pode resumir a situação da maioria das pessoas: 

Imagine que, pela regra atual, o “João”, de 45 anos, vai contribuir pelo teto por 20 anos até se aposentar por idade, aos 65 anos. 

Assim, o seu benefício será de 60% do teto: ou seja R$ 4.504,49 por mês, considerando que o teto em 2023 é R$ 7.507,49

Entretanto, como vimos, a grande parte dos aposentados ganham menos que isso no Brasil. E por mais que pareça um valor razoável, definitivamente não é uma renda para viver “tranquilo”, especialmente se consideramos que nessa fase da vida alguns custos tendem a ser maiores.

Então, o que é necessário para receber o valor máximo do benefício do INSS? 

No nosso exemplo, para o “João” receber o teto, ele precisaria contribuir por 40 anos com o INSS, o dobro do tempo mínimo de contribuição para homens.

E, se em algum momento da vida, ele contribuir sobre um salário menor, o que é normal no início da carreira, ele não ganhará o teto da aposentadoria. 

Isso porque o valor do benefício, após a Reforma da Previdência, depende da média de todas as contribuições. 

Antes de 2019, o benefício era calculado considerando só 80% dos salários. Como eram os 80% maiores, isso puxava para cima o valor do benefício dos aposentados.

Eu poderia trazer outros exemplos. A conta pode mudar, mas a conclusão será a mesma: a situação da previdência do governo piorou depois de 2019.

E nada garante que não irá ficar pior ainda nos próximos anos, dado que enfrentamos um envelhecimento da população brasileira e um aperto nas contas públicas

O melhor é você não depender do INSS para se aposentar

Alguns especialistas brincam que a sigla INSS na verdade significa: “Isso Nunca Será Suficiente”, e agora você já sabe que não é mesmo e por quais motivos. 

Entretanto, existem alternativas para que a previdência social não seja a sua principal e/ou única fonte de renda depois da aposentadoria. 

Sabemos que poupar não é um hábito dos brasileiros. Mas, se você não quer correr o risco de passar anos trabalhando, contribuindo para o INSS para no final ter que viver a “melhor idade” fazendo contas, precisa criar a sua própria previdência

É possível criar uma fonte geradora de renda passiva que pode garantir dinheiro para a sua aposentadoria, sem que você precise de muito esforço para isso. 

Nesse sentido, a Empiricus Research está lançando o “Projeto Renda”. Trata-se de um treinamento completo em que você vai poder aprender como montar do zero uma fonte de renda passiva. 

O CEO da Empiricus Research, Felipe Miranda, junto com os analistas Matheus Spiess e Larissa Quaresma, vão ensinar desde as possibilidades mais básicas até as mais avançadas para você criar uma fonte de renda passiva, que “engorde” a sua conta ao longo dos anos.

Com o “Projeto Renda” você vai aprender como investir em: 

  • Ações;
  • Fundos imobiliários; 
  • Ativos internacionais; 
  • Previdência privada;
  • Small Caps;
  • Renda fixa; 
  • Criptomoedas;
  • E muito mais.

O projeto será apresentado no dia 13 de novembro, às 8h. Mas você já pode garantir a sua vaga na transmissão online e gratuita fazendo o seu pré-cadastro

Além disso, terá acesso a comunidade no WhatsApp na qual poderá receber as informações iniciais do projeto. Se você ficou interessado, basta clicar no botão abaixo: 

Isabelle Santos

Sobre o autor

Isabelle Santos

Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.