O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic para 10,75% ao ano. O ajuste de 1,5 ponto percentual representa a oitava alta consecutiva, fazendo parte de um aperto monetário que ocorre desde março do ano passado para controlar a inflação.
A taxa básica de juros atinge dois dígitos pela primeira vez em quatro e meio.
Essa decisão veio em linha com o consenso do mercado.
O Copom informou em seu comunicado que antevê uma redução do ritmo de ajuste da Selic na próxima reunião em 15 e 16 de março.
“O posicionamento foi dovish, menos contracionista. Então, ele deve desacelerar o aperto monetário, embora ainda continue. Mas, agora, a gente deve caminhar para um final de ciclo”, destacou Matheus Spiess, analista da série Palavra do Estrategista, que é liderada pelo Felipe Miranda.
Dois fatores que batem na inflação
De acordo com Felipe, tem dois fatores que contribuem para a redução da inflação no país. Um deles é a queda do dólar em relação ao real por conta, especialmente, do fluxo de recursos estrangeiros para a Bolsa brasileira. “Veja como estava a Bolsa em novembro em comparação com agora. O país passou de grande pária internacional para o queridinho e, uma das grandes altas globais no começo do ano foi justamente o Ibovespa”, afirmou.
Outro ponto são fortes chuvas que podem levar à bandeira tarifária verde de energia perto do meio do ano. “Essa pode ser uma boa notícia para o Copom e para atividade, por não termos crise de energia e racionamento. A bandeira verde pode levar a um impacto de redução de até meio ponto percentual no IPCA”, conta.
Isso tudo abriria o caminho para a redução da taxa de juros no país até o final do ano. A ver.
Mas por enquanto, aproveito pra te convidar para conhecer um fundo de investimento e surfar na alta Selic: o Vitreo Selic Simples. E independente do patamar da taxa básica, essa é uma opção para reserva de emergência e não tem taxa de administração