O volume de ofertas no mercado de capitais brasileiro (emissão de títulos, IPOs, fundos…) cresceu 90,7% no primeiro trimestre de 2024, segundo a Associação Brasileira das Entidades do Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
De acordo com a entidade, o número representa um novo recorde que é puxado pela alta demanda da renda fixa, em especial por títulos como as debêntures.
Para se ter uma noção, somente nos três primeiros meses do ano as debêntures somaram R$ 71,9 bilhões em emissões, sendo que apenas em março, esse número chegou a R$ 41,1 bilhões — o maior volume mensal da série histórica da Anbima.
Para alguns especialistas do mercado, a expectativa de queda da Selic e mudanças nas regras para emissão de certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio (CRI e CRA) podem ser apontados como alguns dos fatores responsáveis por impulsionar as ofertas da categoria.
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‘Boom’ da renda fixa? Entenda o que há por trás do crescimento recente das debêntures incentivadas
Em fevereiro deste ano, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu que apenas empresas do setor do agronegócio e imobiliário podem emitir CRIs, CRAs, mudando também o prazo e o lastro das LCIs, LCAs e LIGs de bancos.
Na prática, a nova resolução traz restrições que diminuem a oferta de títulos isentos de imposto de renda dentro da renda fixa.
Diante desse cenário, a reação das grandes gestoras foi de se antecipar na compra de outra categoria de títulos que não será afetada: as debêntures incentivadas.
Não à toa, ao olhar os dados trazidos pela Anbima é possível perceber que somente as debêntures incentivadas movimentaram R$ 19,9 bilhões de janeiro a março, maior resultado de emissões quando comparado ao mesmo período do ano passado, em que o volume ficou em R$ 4,4 bilhões.
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Bom, imagino que agora você deva estar se perguntando: como o investidor pessoa física, no caso você, também pode começar a se antecipar e não perder a chance de investir nesses títulos?
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