A Getnet (GETT11) informou que pretende deixar a Bolsa, cerca de sete meses após a sua estreia.
A terceira maior empresa de adquirência do país vai fazer uma oferta pública de delistagem para aquisição da totalidade das ações ordinárias e preferenciais negociadas na B3 e ADRs na Nasdaq.
Felipe Miranda, CEO e estrategista da Empiricus, vê esse movimento com bons olhos. “Hoje, o grande destaque é a ideia de fechamento de capital da Getnet, com um prêmio de aproximadamente 30%. Faz sentido mesmo que isso seja deslistado como fez a Rede lá atrás”, disse nesta sexta-feira (20/05) em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram, canal exclusivo de comunicação com os assinantes da casa. A Rede, do Itaú, deixou a Bolsa em setembro de 2012, cinco anos depois do seu IPO.
Ele avalia que, para a Cielo (CIEL3), seria melhor seguir o mesmo caminho. “Faria todo o sentido também, se não fossem os acionistas – Banco do Brasil e Bradesco, que não estão se entendendo bem”, ressalta.
Para ele, ficou óbvio que esse tipo de negócio deve constar dentro de uma estrutura maior e não ficar solto.
No curto prazo ele acredita que a decisão da Getnet vai gerar efeito positivo nas suas ações, refletindo na Cielo.
O serviço de adquirência faz a intermediação entre os pagamentos realizados com cartões de crédito e débito. Ou seja, é responsável pela interligação entre o comércio, as bandeiras de cartões e as instituições financeiras emissoras.
A concorrência no setor se acirrou no país nos últimos anos, com o boom de novos players, a chamada “guerra das maquininhas”.
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