Depois de meses de pressão do setor siderúrgico brasileiro, o governo finalmente aprovou a taxação do aço chinês.
A “briga” entre as siderúrgicas nacionais e as empresas chinesas do mesmo setor tem origem no subsídio que o governo chinês concede às fabricantes de aço, no intuito de manter a economia aquecida.
Como consequência, o aço chinês que chega no Brasil é negociado a preços bastante competitivos — o que, é claro, prejudica a indústria nacional.
Então, a sobretaxa do aço pode até parecer uma vitória num primeiro momento – mas a verdade é que a decisão não é tão importante assim para as empresas nacionais do ramo.
Entenda a decisão do governo
É isso que diz o analista Henrique Cavalcante, da Empiricus Research. Ele comentou o anúncio da taxação em entrevista ao programa Giro do Mercado do último dia 24.
O problema começa quando percebemos que a taxação recairá sobre um número bastante reduzido de produtos siderúrgicos – apenas 11, de um total de mais de 200 produtos.
Além disso, Henrique explica que a tarifa só será de 25% quando uma cota de exportação for alcançada. O limite estabelecido foi de 30% acima da média de importação dos produtos entre 2020 e 2022.
“O governo implementou essa taxa, só que sobre o que exceder um volume que é bastante alto”, comentou o analista. “E isso vale somente para alguns produtos.”
Então, na prática, os efeitos da taxação serão pequenos. “A minha visão em relação a essa medida é que ela vai ter um impacto somente marginal no resultado das siderúrgicas brasileiras”, afirma Henrique.
O próprio mercado não se animou muito diante da decisão “tímida” do governo. As ações de diversas siderúrgicas nacionais caíram imediatamente após o anúncio da taxação.
“Em relação ao que o mercado estava esperando, a taxação não atendeu as expectativas. O mercado acreditava que viria alguma coisa mais forte, que fosse beneficiar os resultados, e não foi isso que aconteceu.”
Taxação do aço chinês é ‘fichinha’ perto de outros fatores
Mas isso não significa que “acabou o jogo” para as siderúrgicas nacionais.
Isso porque, embora a taxação tenha frustrado as expectativas do mercado, ela não é o fator mais importante na hora de determinar se uma ação vale o investimento, segundo o analista.
Para ele, uma companhia de fundamentos sólidos e gestão competente é plenamente capaz de se manter navegando mesmo em águas turbulentas.
E que, nesse caso, uma queda no preço das ações pode até mesmo significar uma oportunidade de compra.
Pensando nisso, Henrique Cavalcante comenta o caso da Gerdau (GGBR4), que vem tomando decisões importantes capazes de refletir positivamente a rentabilidade da companhia. Como, por exemplo, o ajuste do tamanho da sua operação no Brasil.
Além disso, a siderúrgica deve mais de 50% de seu resultado operacional à sua operação nos EUA, o que é positivo durante o cenário nacional atribulado.
Vale a pena investir em Gerdau? Confira carteira completa para buscar dividendos
A Gerdau entrou na lista de “top picks” para buscar dividendos em abril, segundo a Empiricus Research.
Os analistas da casa selecionam os papéis mais promissores para o pagamento de proventos no começo de todo mês, e a carteira de maio está prestes a ser divulgada.
Para liberar o seu acesso gratuitamente e conferir se a Gerdau estará na seleção de melhores ações para buscar dividendos em maio, é só clicar no link abaixo e preencher seus dados.
Você vai receber seu acesso à carteira completa em primeira mão, e sem pagar nada.