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Desktop (DESK3) tem maior expansão do segmento no Brasil e receita cresce 14% no 2T24; é hora de comprar?

A Desktop (DESK3) divulgou o resultado do 2T24 com bons números sustentados por estratégias de expansão e boas operações de M&A.

Por Ruy Hungria

08 ago 2024, 13:56 - atualizado em 08 ago 2024, 13:58

desktop desk3

Imagem: Freepik

A Desktop (DESK3) divulgou o resultado do 2T24 com bons números sustentados pela estratégia aumentar a penetração de Casas Conectadas (HC), além de a linha final ter sido beneficiada por ganhos tributários com operações de M&A.

No período, a companhia adicionou 3 mil km na extensão da rede, crescimento de +6% na comparação anual. Em Casas Passadas (HP) foram acrescentados 125 mil portas, aumento de +3% vs 2T23.

Desktop é a companhia do setor que mais cresce no Brasil

Com o foco em rentabilizar a base, a companhia direcionou os esforços em novas conexões HC, que apresentou uma evolução de +10% na comparação anual, atingindo a marca de 1,08 milhão de Casas Conectadas. 

Como os números já tinham sido divulgados pela Anatel, nós já tínhamos falado sobre eles e, inclusive, mostramos que a Desktop é quem mais cresce no país em termos percentuais. 

O que ainda não estava claro era a consistência desse crescimento no futuro, mas na teleconferência, os executivos afirmaram que esse patamar de novas conexõe deve continuar, graças à qualidade e variedade dos produtos ofertados.

Importante ressaltar que através das iniciativas comerciais, e dada a qualidade da companhia, a marca Desktop ganha cada vez mais reconhecimento, o que deve reforçar ao longo do tempo o posicionamento de liderança nas cidades em que atua.

Receita da DESK3 cresce 14% no 2T24 em relação ao 2T23

Ajudada pela expansão de acessos, a receita líquida da Desktop alcançou R$ 280 milhões (+14% vs 2T23). Apesar dessa evolução, o crescimento dos custos em linha com a receita não permitiu uma expansão da margem. Assim, o lucro bruto ficou em R$ 213,8 milhões (+14% vs 2T23), com margem estável de 76%, na comparação anual. 

Ao excluir despesas não recorrentes, relacionadas principalmente com gastos advocatícios de M&A,  o Ebitda ajustado cresceu 17%, para  R$ 144 milhões, com a margem atingindo o ótimo patamar de 51%. Vale destacar que a companhia apresentou novamente uma excelente conversão de 83% do Ebitda em fluxo de caixa.

Beneficiado pela menor taxa de juros no período, o resultado financeiro saiu de -R$ 54 milhões no 2T23 para -R$ 40 milhões no 2T24.

Por fim, o lucro líquido ajustado da Desktop (que exclui despesas não-recorrentes e ajustes tributários envolvendo M&As) alcançou R$ 53,7 milhões com margem líquida de 19%, um crescimento interessante de +63% e +6 p.p., respectivamente vs 2T23. 

A dívida líquida ficou em R$ 1,4 bilhão e com o crescimento do Ebitda, a alavancagem caiu  ligeiramente para 2,4x. 

Desktop segue em “compra” com crescimento da base sólido

Como temos falado nas atualizações mensais da Anatel, o crescimento da base da Desktop era um sinal de que a estratégia da companhia seguia acertada, e os resultados trimestrais apenas comprovaram isso, com boa expansão de Receita, Ebitda e Lucro. 

Com bom potencial de crescimento na região de atuação, possibilidade de novas aquisições para crescer de forma inorgânica e até de ser comprada pela Vivo, DESK3 permanece como recomendação pelos analistas da Empiricus.

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Sobre o autor

Ruy Hungria

Bacharel em Física formado na Universidade de São Paulo (USP), possui MBA de Finanças na Fipe e iniciou a carreira no mercado financeiro em 2011, na própria Empiricus Research. Está à frente da série da casa focada em opções desde 2018, além de contribuir na elaboração e decisões de investimentos nas séries da Empiricus focadas em microcaps e dividendos, além de fazer o acompanhamento de companhias de diversos setores, com mais foco em Utilities e Oil & Gas. Desde o início de 2020 é colunista do portal Seu Dinheiro.