A Desktop (DESK3) divulgou o resultado do 2T24 com bons números sustentados pela estratégia aumentar a penetração de Casas Conectadas (HC), além de a linha final ter sido beneficiada por ganhos tributários com operações de M&A.
No período, a companhia adicionou 3 mil km na extensão da rede, crescimento de +6% na comparação anual. Em Casas Passadas (HP) foram acrescentados 125 mil portas, aumento de +3% vs 2T23.
Desktop é a companhia do setor que mais cresce no Brasil
Com o foco em rentabilizar a base, a companhia direcionou os esforços em novas conexões HC, que apresentou uma evolução de +10% na comparação anual, atingindo a marca de 1,08 milhão de Casas Conectadas.
Como os números já tinham sido divulgados pela Anatel, nós já tínhamos falado sobre eles e, inclusive, mostramos que a Desktop é quem mais cresce no país em termos percentuais.
O que ainda não estava claro era a consistência desse crescimento no futuro, mas na teleconferência, os executivos afirmaram que esse patamar de novas conexõe deve continuar, graças à qualidade e variedade dos produtos ofertados.
Importante ressaltar que através das iniciativas comerciais, e dada a qualidade da companhia, a marca Desktop ganha cada vez mais reconhecimento, o que deve reforçar ao longo do tempo o posicionamento de liderança nas cidades em que atua.
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Receita da DESK3 cresce 14% no 2T24 em relação ao 2T23
Ajudada pela expansão de acessos, a receita líquida da Desktop alcançou R$ 280 milhões (+14% vs 2T23). Apesar dessa evolução, o crescimento dos custos em linha com a receita não permitiu uma expansão da margem. Assim, o lucro bruto ficou em R$ 213,8 milhões (+14% vs 2T23), com margem estável de 76%, na comparação anual.
Ao excluir despesas não recorrentes, relacionadas principalmente com gastos advocatícios de M&A, o Ebitda ajustado cresceu 17%, para R$ 144 milhões, com a margem atingindo o ótimo patamar de 51%. Vale destacar que a companhia apresentou novamente uma excelente conversão de 83% do Ebitda em fluxo de caixa.
Beneficiado pela menor taxa de juros no período, o resultado financeiro saiu de -R$ 54 milhões no 2T23 para -R$ 40 milhões no 2T24.
Por fim, o lucro líquido ajustado da Desktop (que exclui despesas não-recorrentes e ajustes tributários envolvendo M&As) alcançou R$ 53,7 milhões com margem líquida de 19%, um crescimento interessante de +63% e +6 p.p., respectivamente vs 2T23.
A dívida líquida ficou em R$ 1,4 bilhão e com o crescimento do Ebitda, a alavancagem caiu ligeiramente para 2,4x.
Desktop segue em “compra” com crescimento da base sólido
Como temos falado nas atualizações mensais da Anatel, o crescimento da base da Desktop era um sinal de que a estratégia da companhia seguia acertada, e os resultados trimestrais apenas comprovaram isso, com boa expansão de Receita, Ebitda e Lucro.
Com bom potencial de crescimento na região de atuação, possibilidade de novas aquisições para crescer de forma inorgânica e até de ser comprada pela Vivo, DESK3 permanece como recomendação pelos analistas da Empiricus.
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